A Polícia Civil concluiu as investigações sobre três homicídios ocorridos neste ano em Juína, na região noroeste do estado, e indiciou um grupo criminoso ligado a uma facção. As mortes ocorreram em razão de disputas sobre pontos de distribuição de drogas.
A principal investigada pelos crimes, uma jovem de 19 anos, estava foragida e foi presa nesta quinta-feira (30.03), em Primavera do Leste.
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O primeiro homicídio investigado pela Delegacia de Juína vitimou Paulo Rufino de Melo, de 45 anos, morto no dia 17 de fevereiro. A vítima estava deitado em uma rede do lado de fora de sua casa, quando quatro integrantes de uma facção criminosa chegaram em um veículo Gol, de cor prata, desembarcaram e do portão da residência efetuaram os disparos contra Paulo.
Durante a investigação, a equipe da Polícia Civil identificou os envolvidos - o motorista do veículo, o informante do grupo, que passava as informações a respeito de rivais pertencentes a outra facção, além dos quatro executores.
O piloto do veículo e um dos executores são dois adolescentes e estão apreendidos nem unidades do Sistema Socioeducativo, após representação do delegado de Juína, Ronaldo Binotti. Outros dois adultos - o informante do grupo e um dos executores estão presos.
A mandante, R.S.L., de 19 anos, estava foragida, mas foi localizada nesta quinta-feira, na casa dos pais, em Primavera do Leste.
Dois dos executores morreram após confronto com a Polícia Militar em Brasnorte, após praticar um crime de tortura em Juína e fugirem da cidade.
Segundo homicídio
Raimundo Silva Pereira foi morto pela jovem R.S.L. e por um adolescente, envolvido também no primeiro homicídio. A vítima venderia entorpecentes na região da rodoviária de Juína para uma facção. Raimundo foi executado com diversos disparos de arma de fogo. A morte dele teve como informante a mesma pessoa que auxiliou no homicídio de Paulo Rufino, que apontou o local onde a vítima estava. O veículo utilizado pelo bando também foi conduzido pelo adolescente do homicídio anterior.
Terceiro homicídio
No dia 1o de março, Maykon Douglas de Brito Vieira, de 25 anos, foi assassinado com diversos disparos de arma de fogo, em sua residência. Maykon era membro de uma facção paulista e teve a morte decretada pelo grupo rival.
O motorista e o informante dos crimes anteriores foram os mesmos que atuaram na morte de Maykon. No dia do crime, três suspeitos desceram de um veículo e efetuaram disparos na direção contra a casa da vítima. Dois deles foram presos em razão de mandados de prisão – um estava com mandado relacionado ao primeiro homicídio investigado e outro, que tem diversas passagens policiais, estava foragido e foi localizado na terça-feira (28.03) pela equipe da Delegacia de Juína.
“Com as prisões, a Polícia Civil espera reverter a sensação de insegurança gerada na cidade por tais crimes e mostra o comprometimento na elucidação de delitos de grande impacto na região,”, pontou o delegado Ronaldo Binotti.