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Polícia Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 12:28 - A | A

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OPERAÇÃO GOTA D'ÁGUA

Esquema do DAE causou prejuízo de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos, diz PJC

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou nesta sexta-feira (20), a Operação Gota D’Água, com o objetivo de desmantelar um esquema de corrupção que operava na Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). As investigações apontam que a organização criminosa causou um prejuízo estimado de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos desde 2019.

De acordo com a Deccor, auditorias realizadas revelaram fraudes como a exclusão ilegal de débitos e a redução indevida dos valores das faturas de água e esgoto, sempre mediante o pagamento de propina. A operação cumpriu 123 mandados judiciais. Foram decretadas 11 prisões preventivas e 18 ordens de suspensão do exercício da função pública.

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Entre os alvos da operação estão 15 servidores do DAE-VG, incluindo o diretor comercial Alessandro Macaúbas Leite de Campos, e o vereador Paulo Pereira (União), apontado como um dos líderes do esquema criminoso. Segundo a Polícia Civil, o vereador teria utilizado sua influência política para facilitar as ações fraudulentas, direcionando a estrutura da autarquia em prol de seus interesses eleitorais.

Além dos desvios financeiros, a operação revelou que parte dos servidores exigia pagamento para realizar serviços que já deveriam ser prestados à população de Várzea Grande. Com a determinação judicial, a prefeitura do município terá de intervir imediatamente na diretoria comercial do DAE para garantir a regularização do fornecimento de água e esgoto.

A Justiça também ordenou o sequestro de seis imóveis e 26 veículos, além do bloqueio de contas bancárias dos envolvidos, no valor correspondente ao prejuízo estimado. A investigação segue em curso, com novas diligências para identificar todos os envolvidos e recuperar os recursos desviados.

A Operação Gota d’Água está em sua segunda fase. Na primeira fase foram realizadas medidas probatórias, todas com autorização judicial, e oitivas de mais de 80 testemunhas e declarantes e requisitados documentos ao órgão.

A operação contou com o apoio de mais de 120 policiais das unidades da Diretoria de Atividades Especiais e da Diretoria Metropolitana da Polícia Civil para o cumprimento das ordens judiciais e da Diretoria de Inteligência na investigação.

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