Policiais penais em greve recusaram a receber presos na Penitenciária Regional Major Zuzi, no município de Água Boa (750 km de Cuiabá), durante a noite desta sexta-feira (16).
De acordo com informações locais, policiais civis e militares estiveram na unidade prisional para entregar alguns presos, mas os policiais penais se recusaram a permitir a entrada.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
As forças policiais acionaram o promotor de Justiça da Comarca de Água Boa, Luis Alexandre Lentisco, e o delegado Valmon Pereira da Silva para tentar uma negociação com os policiais penais, mas as conversas não avançaram e a recusa se manteve.
Valmon disse à imprensa local que vai relatar a situação ao Poder Judiciário. Atualmente, mais de 550 presos estão reclusos na penitenciária regional. Paulo Cesar Alves de Souza, diretor do Sindicato dos Servidores Penitenciários, disse que a situação não gerou crise entre as instituições.
“Sabemos que a Polícia Civil, Polícia Militar, promotor e delegado estão cumprindo o papel deles de irem lá e notificar, mas nós também estamos cumprindo uma cartilha sindical nossa. Entendemos o lado deles e queremos que eles entendam a nossa, mas foi uma coisa bem pacífica. Única coisa que vamos fazer é servir alimentação e os presos que estiverem doentes vamos dar todo auxílio emergencial. O restante, mais nada”, explicou.
O juiz Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais, informou ao Estadão Mato Grosso que o Estado já ajuizou ação questionando a legalidade da recusa de recebimento de presos nas penitenciárias. O processo será analisado pelo desembargador Marcos Machado.
Os policiais penais deflagraram greve na última quarta-feira, 15 de dezembro, em meio a um embate por aumento salarial. A categoria alega que recebe os menores salários entre as Forças de Segurança do Estado. Na quarta, o grupo recusou um aumento de 15% ofertado pelo governo, além da Revisão Geral Anual (RGA) de 7%, que será paga para todos os servidores públicos.
Confira os vídeos:
