Investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que Rodolfo Silva da Costa, 29 anos, morreu após brigar com uma jovem de 18 anos que estava bebendo na conta de seu amigo. Após uma discussão acalorada, os dois teriam partido para agressão física, resultado na morte do assistente social por hemorragia interna. As informações foram prestadas pelo delegado Anderson Veiga, responsável pelo caso, nesta manhã de quinta-feira, 23 de setembro.
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Segundo o delegado, tudo se originou com uma briga dentro de uma tabacaria no bairro Jardim Europa. Após serem expulsos do local, e com os ânimos acirrados, eles continuaram a briga do lado de fora do estabelecimento, partindo para a pancadaria.
A briga foi marcada por tapas, socos e puxões de cabelo. Em determinado momento, a jovem teria conseguido se libertar de Rodolfo e partido pra cima dele, o derrubando e, em seguida, batendo sua cabeça no chão repetidamente.
Com as agressões, o rapaz saiu cambaleando e caiu mais à frente. Segundo o delegado, a briga se deu entre às 03h30 e 04h30.
As investigações também apontam que, durante toda a confusão, testemunhas que estavam no local não fizeram nada para apartar a briga, e nem socorreram a vítima que já estava caída ao chão.
Não é só isso. Já desmaiado, Rodolfo foi abandonado pelo amigo, pivô da briga que resultou em sua morte. O jovem chamou uma corrida por aplicativo, entrou no carro, e foi para casa, o deixando à mercê da morte.
O delegado também afirmou que o jovem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) somente quando o “sol já estava alto”, indicando que se passava das 8h.
As investigações ainda não estão conclusas. Ao todo, o delegado tem 30 dias para terminar os trabalhos. A jovem pode ser autuada por homicídio simples. As apurações, no entanto, agora são por omissão de socorro.
Rodolfo Silva da Costa foi levado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde permaneceu por três dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas acabou não resistindo aos ferimentos e teve sua morte confirmada. Quando o caso veio à tona, houve a suspeita de que ele teria sido vítima de crime de ódio, por ser homossexual, mas a polícia já descartou essa possibilidade e passou a tratar como crime comum.
