Mais detalhes sobre a chacina que resultou na morte de sete pessoas em um bar de Sinop foram revelados nesta sexta-feira (24). A casa onde Edgar Ricardo De Oliveira se escondeu não era dele. A residência pertence a um conhecido do assassino, onde ele se abrigou para esperar a chegada da polícia. Toda essa movimentação teria acontecido sem a ciência do dono da casa.
A informação foi revelada durante uma entrevista do delegado responsável pelo caso, Bráulio Junqueira, da divisão de homicídios e Sinop à redação do Estadão Mato Grosso. O delegado explicou que o atirador esperou o conhecido dele sair da casa para poder se esconder.
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“Edgar alegou que o conhecido não sabia dele e que ele, sabendo como abrir a casa, aguardou sua saída para entrar e lá dentro esperou pela polícia”, disse Bráulio.
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Edgar foi preso na manhã da última quinta-feira (23), mais de 24 horas depois da chacina perpetrada por ele e Ezequias de Souza Ribeiro, morto durante um confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Edgar teria matado as sete pessoas com disparos de uma escopeta calibre 12 por não aceitar ter perdido R$ 4 mil apostados em um jogo de sinuca.
Dentre as vítimas está uma adolescente, de apenas 12 anos, que foi morta com um tiro nas costas.
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Questionado, o delegado confirmou que Edgar e Ezequias se separaram durante a fuga da polícia e que o assassino, ao contrário de Ezequias, deve ter se abrigado em outras residências.
O dono da residência não foi identificado por Edgar que permaneceu em silêncio durante todo o interrogatório, como orientação de sua defesa.
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O delegado confirmou que Edgar possuía a documento que o classificava como um Caçador Atirador e Coletor (CAC) e que a escopeta calibre 12, apreendida pela polícia, estava, sim, no seu nome.
Edgar foi preso em Sinop, mas foi transferido à Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
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