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Opinião Quarta-feira, 26 de Julho de 2023, 07:12 - A | A

Quarta-feira, 26 de Julho de 2023, 07h:12 - A | A

RAFAEL AMARAL

Uma nova era para a cirurgia mato-grossense

Rafael D.R. do Amaral*

Na última terça-feira (18) Cuiabá entrou para o seleto grupo de capitais brasileiras presenteada com uma plataforma cirúrgica robótica de última geração, o Robô Da Vinci X. O arrojo e empreendedorismo do Grupo Santa (Hospital Santa Rosa) colocou a capital mato-grossense, centro geodésico da América do Sul, na vanguarda da cirurgia robótica brasileira e sul-americana.

Hoje, o país conta com mais 103 plataformas robóticas implantadas, a maioria na região sudeste, tendo sido realizado, até o momento, mais de 105 mil procedimentos com mais de 10 especialidades contempladas. A urologia é a especialidade que mais se beneficiou com essa inovação, principalmente no tratamento do câncer de próstata (cirurgia mais realizada no mundo por essa técnica), câncer de rim, câncer de bexiga e cirurgias reconstrutoras da via urinária.

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A primeira cirurgia robótica no Brasil foi realizada em 2008. Contudo, só a partir de 2017 houve um crescimento exponencial, saindo de 39 plataformas robóticas naquele ano para mais de 103 na atualidade.

Em Mato Grosso a primeira cirurgia robótica foi realizada no último dia 18, pelos urologistas do Grupo Litocenter, ocasião em que retiraram um tumor de rim, tornando-os pioneiros nessa técnica no estado, seguido posteriormente de uma cirurgia para a retirada de um câncer de próstata, contemplando dessa forma os 2 procedimentos urológicos mais realizados pelo robô.

Essas cirurgias são realizadas por meio de pequenas incisões, pelas quais instrumentos cirúrgicos delicados são acoplados a braços robóticos e introduzidos dentro do abdômen, sendo os movimentos comandados pelas mãos do cirurgião que está realizando a cirurgia em um console próximo ao paciente.

Os benefícios da cirurgia robótica privilegiam tanto o paciente como o cirurgião. Para o paciente está associada a menor dor no pós-operatório, menor sangramento, menor tempo de internação, recuperação mais rápida, retorno precoce às atividades, menores complicações intra e pós-operatório, além de benesses inerentes a cada procedimento específico. Para o cirurgião, proporciona uma visão tridimensional das estruturas anatômicas, pinças que performam movimentos mais precisos que a mão do cirurgião, além de posição mais confortável para realização do procedimento.

Para estar apto a realizar o procedimento robótico, o médico-cirurgião passa por um exigente programa de treinamento até obter a certificação para realizar esse tipo de procedimento.

Essa nova era cirúrgica no estado beneficiará tanto a população de Mato Grosso, quanto de toda a região oeste do Brasil, pois não necessitarão se deslocar a outros centros a fim de ter acesso a essa tecnologia de ponta e realizar procedimentos de alta performance.
O futuro chegou no seu presente!

*RAFAEL D. R. DO AMARAL é médico-cirurgião urológico e robótico, especialista em cirurgia urológica minimamente invasiva (Hospital Sírio Libanês) e especialista em cirurgia robótica (Hospital Israelita Albert Eisntein)

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