Ele apenas aceitou e O seguiu.
O nome André, que do grego, Andreas, significa “viril ou varonil”, foi um dos doze discípulos de Jesus, (Mateus 10:2 e Lucas 6:14). Irmão de Simão Pedro, ele era de Betsaida (João 1:44), do norte do mar da Galileia, e trabalhava como pescador, igual ao seu irmão (Mateus 4:18). Pedro e André moravam juntos na cidade de Cafarnaum (Marcos 1:29).
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O livro “Manual de arqueologia bíblica Thomas Nelson”, de Randall Price e H. Wayne House, fala sobre essa cidade: “A cidade de Betsaida (lit. “casa da pesca”) é mencionada várias vezes nos Evangelhos. De fato, a área entre Betsaida e Cafarnaum é onde acontecia a maioria das atividades de Jesus na Galileia. Aqui no relato de João, diz-se que Betsaida era a cidade natal de Filipe, André e Pedro (embora seja possível que Pedro tenha se mudado para Cafarnaum em algum momento)”.
É provável que, desde a infância, Pedro e André tivessem amizade com outros dois pescadores, também irmãos e nascidos em Cafarnaum, Tiago e João, filhos de Zebedeu.
André viu João Batista apresentar Jesus como o “Cordeiro de Deus” que tira o pecado, (João 1:38-41): “Então Jesus olhou para trás, viu que eles o seguiam e perguntou: — O que é que vocês estão procurando? Eles perguntaram: — Rabi, onde é que o senhor mora? (“Rabi” quer dizer “mestre”). — Venham ver! — disse Jesus. Então eles foram, viram onde Jesus estava morando e ficaram com ele o resto daquele dia. Isso aconteceu mais ou menos às quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois homens que tinham ouvido João falar a respeito de Jesus e por isso o haviam seguido. A primeira coisa que André fez foi procurar o seu irmão Simão e dizer a ele: — Achamos o Messias. (Messias quer dizer Cristo)”.
André e João tornaram-se os primeiros discípulos de Cristo não oficialmente, devido à influência de João Batista.
Ele havia aceitado Jesus como o Messias, e sua felicidade era tão grande que naquele momento exerceu o seu mister, antes mesmo de ser chamado oficialmente para ser um dos doze discípulos, pois saiu para contar a notícia para o seu irmão.
No livro “O desejado de todas as nações”, de Ellen G. White, assim explica: “Houvesse João e André possuído o incrédulo espírito dos sacerdotes e principais, e não se teriam encontrado como discípulos aos pés de Jesus. Teriam dEle se aproximado como críticos, para Lhe julgar as palavras. Muitos cerram assim a porta às mais preciosas oportunidades. Assim não fizeram esses primeiros discípulos. Haviam atendido ao chamado do Espírito Santo na pregação de João Batista. Então reconheceram a voz do Mestre celestial. As palavras de Jesus foram para eles cheias de novidade, verdade e beleza. Divina luz foi projetada sobre o ensino das Escrituras do Antigo Testamento. Os complexos temas da verdade apareceram sob nova luz”.
Esse discípulo teve a sensibilidade para reconhecer o Messias. E nós, temos essa mesma sensibilidade para reconhecer, aceitar e seguir os ensinamentos e o modo de vida de Cristo? Como você vê Jesus na sua vida? O que Ele significa para você? O que você tem feito para levar a mensagem de forma natural e objetiva para outros que ainda não o aceitaram?
Ele fazia parte do grupo de discípulos que tinha mais intimidade com Jesus. André foi seguidor de João Batista.
Seu maior prazer era levar as pessoas para Jesus: levou o seu irmão Pedro (João 1:41), levou o rapaz com o lanche (João 6:8-10) e levou os gregos na Páscoa (João 12:21). Os “Andrés” não converteram milhares de pessoas em um sermão, como o seu irmão, porém, levou os “Pedros” para fazer essa missão.
Esse discípulo acompanhou Jesus até a cidade de Caná, onde presenciaram seu milagre em um casamento. Assim como o seu irmão, André também era um dos discípulos que dedicava tempo integral para seguir o Messias.
Meses depois, com grupo maior de seguidores, ele foi selecionado como apóstolo de Jesus, (Lucas 6:13): “Quando amanheceu, chamou os seus discípulos e escolheu doze deles. E deu o nome de apóstolos a estes doze”.
Tempos depois, eles partiram para missão, a qual Jesus ordenou, em duplas (Mateus 10:5-7): “Jesus enviou esses doze homens, dando-lhes a seguinte ordem: — Não vão aos lugares onde vivem os não judeus, nem entrem nas cidades dos samaritanos. Pelo contrário, procurem as ovelhas perdidas do povo de Israel. Vão e anunciem isto: ‘O Reino do Céu está perto”.
André, também, estava entre os discípulos a qual Jesus apresentou os sinais da Sua vinda no monte das Oliveiras (João 12:20-22).
Após a ressurreição ele se uniu aos demais discípulos em Jerusalém, (Atos 1:13-14): “Quando chegaram à cidade, eles foram até a sala onde estavam hospedados, a qual ficava no andar de cima da casa. Os apóstolos eram estes: Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o nacionalista, e Judas, filho de Tiago. Eles sempre se reuniam todos juntos para orar com as mulheres, a mãe de Jesus e os irmãos dele”.
Algumas características de André: força física, hombridade, ousado, decidido, ponderado, tinha paixão pela verdade, agradável, fácil de se relacionar, ele não desejava holofote, e ele pregava de forma pessoal e individual.
Após isso, nada se sabe com certeza sobre o mistério do apóstolo André, contudo, ele viu e presenciou muitos milagres e ensinamentos do Mestre e a sua missão foi concreta desde o primeiro contato com a mensagem, crendo e anunciando o Mestre.
Há poucos relatos bíblicos sobre André. Ele viveu na sombra do seu irmão Pedro, que era conhecido. Ele possuía a atitude certa para exercer um ministério nos bastidores, uma vez que não procurava ser o centro das atenções. Ele ministrava o evangelho de forma individual e não para multidões, como o seu irmão.
Ele nunca escreveu uma epístola. Não é mencionado no livro de Atos nem em qualquer uma das epístolas.
Isso é importante para entendermos que todo ministério é importante para obra de Deus. Não importa se o seu cargo dentro de uma comunidade religiosa é relevante ou não. O melhor é estar disposto a segui-Lo.
Que possamos aceitar esta missão, como o coração de André que O aceitou livre de receios e aberto para a esperança que existe em Cristo Jesus, O livro “Conselhos sobre mordomia” conclui assim: “A Mateus em sua abastança, como a André e Pedro em sua pobreza, a mesma prova foi apresentada; a mesma consagração foi feita por cada um. No momento do êxito, quando as redes estavam cheias de peixe, e mais fortes eram os impulsos do viver anterior, Jesus pediu aos discípulos junto ao mar que abandonassem tudo pela obra do evangelho. Assim toda alma é provada quanto a seu mais forte desejo — se bens temporais, se a companhia de Cristo”.
*Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas. Escritor. Palestrante e Professor há mais de 23 anos. Coach e Mentor. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa. Graduado em Administração, Ciências Contábeis (CRC-MT), Direito (OAB-MT) e Economia. Membro da Academia Mundial de Letras.