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Opinião Terça-feira, 21 de Setembro de 2021, 05:00 - A | A

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EDITORIAL - 21/09/2021

O salto para o futuro

Da Editoria

Editoria | Estadão Mato Grosso

Setembro é, definitivamente, um mês muito auspicioso para Mato Grosso. O contrato de concessão da primeira ferrovia estadual, assinado nesta segunda-feira (20) pelo governo de Mato Grosso, coroa um trabalho árduo feito no setor de logística para tirar do papel um projeto que foi sonhado há mais de quatro décadas. Está dado o ‘salto para o futuro’, que virá com a construção dos trilhos até Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Um futuro que deverá ser melhor para os mato-grossenses, já que uma logística eficiente se traduz em geração de emprego e renda.

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Os primeiros benefícios socioeconômicos da construção da Ferronorte já devem ser sentidos em menos de dois anos, mas a locomotiva pode levar cerca de três anos até finalmente chegar a Cuiabá com seu primeiro carregamento. No cronograma preliminar, a previsão é de que o terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025, enquanto o da região de Lucas do Rio Verde deverá ser finalizado até o 2º semestre de 2028. Antes disso, porém, os terminais intermediários já estarão funcionando, levando desenvolvimento aos municípios vizinhos.

Estimativas iniciais apontam que cerca de 235 mil empregos serão criados durante as obras da Ferronorte, resultado de um investimento de aproximadamente R$ 11 bilhões. Deste montante, quase R$ 5 bilhões devem ser injetados diretamente na economia mato-grossense, com a aquisição de serviços e produtos que serão utilizados durante a fase de construção. É um rio de dinheiro que começa a fluir em direção a Mato Grosso.

Como a obra é de total responsabilidade do setor privado, não deve haver atrasos sistemáticos ou abandonos, o que infelizmente é uma praxe no setor público. Ou seja, não há qualquer risco de que a ferrovia estadual se torne um novo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A empresa responsável já tem experiência no setor. Opera em outros 11 terminais de transbordo e seis portuários, além de administrar cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

As ferrovias são máquinas de progresso, como a própria história nos mostra. Exemplos não faltam por todo o mundo, embora ainda faltem no Brasil. Ainda assim, é preciso destacar que as regiões mais desenvolvidas do país são justamente aquelas que têm maior presença do modal ferroviário. Eis que, finalmente, começamos a interiorizar o desenvolvimento.

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