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Opinião Sexta-feira, 19 de Novembro de 2021, 06:00 - A | A

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EDITORIAL - 19/11/2021

O ano mais triste

Da Editoria

Editoria | Estadão Mato Grosso

Nunca morreu tanta gente no Brasil quanto em 2020, primeiro ano em que a pandemia de covid-19 assolou o mundo. É o que aponta um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (18). Ao mesmo tempo em que o número de mortos cresceu 14,9% em relação a 2019, o número de nascimentos registrou queda de 4,7%. Ou seja, no primeiro ano da pandemia, a população brasileira encolheu.

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Apesar do expressivo aumento no número de óbitos, é importante destacar que 2020 não foi o ano mais mortal da pandemia no Brasil. O patamar de mortes do ano anterior foi superado em maio deste ano, logo após o ápice da segunda onda, quando o país ainda registrava 449 mil perdas para a covid-19. Atualmente, o número já está em 612 mil, o que significa que provavelmente teremos novo resultado negativo quando forem apurados os números deste ano.

O estudo aponta que, entre os óbitos ‘extras’ ocorridos no ano passado, 99,2% foram por registrados como ocorrências de causas naturais. A maioria deles acometeu os maiores de 60 anos, faixa etária mais vulnerável à covid. O relatório mostra ainda que mais de 70% das mortes ocorreram em hospitais, o que mostra o impacto claro da pandemia que os negacionistas tanto tentaram negar, o que inclui tentativas de emplacar uma falsa narrativa de que as mortes estariam sendo inventadas pelos gestores estaduais e municipais numa tentativa de engordar os repasses para combate à pandemia.

Apesar do mau-caratismo evidente de quem inventou tais mentiras, felizmente o negacionismo perdeu essa guerra. A vacinação avança e nos livra do flagelo do vírus. Hoje, aqueles que recusaram a vacina são a maioria entre os mortos por covid-19 atualmente. São poucos os óbitos nos últimos, mas infelizmente ainda acontecem, justamente porque ainda não conseguimos alcançar o patamar ideal de vacinação.

Não conseguimos, mas estamos no caminho. Levantamento realizado pela plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, mostra que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos na proporção de pessoas vacinadas contra a covid-19, apesar do atraso no início da campanha. Com mais de 125 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses, o Brasil tem 59,4% da população imunizada, contra 58,9% dos norte-americanos.

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Os brasileiros estão demonstrando que o negacionismo não tem voz nem vez por aqui, uma vitória que devemos creditar à ciência e ao Sistema Único de Saúde (SUS), que historicamente faz um brilhante trabalho ao garantir a imunização da nosso país contra toda sorte de mazelas.

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