Cuiabá amanheceu hoje com a notícia de mais um ex-secretário de saúde da gestão Emanuel Pinheiro preso pela Polícia Federal em uma operação que investiga R$ 100 milhões de desvio da secretaria de saúde.
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O prefeito Emanuel Pinheiro já está afastado cargo por graves irregularidades na gestão do dinheiro da saúde por duas decisões judicial, uma de um desembargador e outra de um juiz.
Esse tipo de político não pode continuar administrando a nossa querida cidade de Cuiabá.
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Emanuel foi reeleito em 2020 com a mancha do escândalo do paletó. Com isso ele ficou confiante na impunidade, arrotando que nada pode acontecer a ele. O prefeito virou useiro e vezeiro em ficar zombando dos vários escândalos que vieram à tona na sua gestão com o afastamento de sete secretários e de nove operações policiais do desvio de mais de R$ 240 milhões dos cofres da prefeitura.
De fato, Emanuel passou a zombar não só do povo, mas de instituições como o Tribunal de Justiça, Ministério Público e da Delegacia de Combate a Corrupção, ao ficar repetindo a cantilena de que não sabe de nada dos cotidianos escândalos que acontecem em sua administração.
Mas ninguém está acima da boa justiça dos homens e da crucial justiça de Deus.
Eu li as duas decisões que afastaram o prefeito do cargo. As provas são contundentes onde apontam que o prefeito sabia dos desmandos ocorridos na saúde. Aliás, não só sabia, mas ordenava os desmandos.
Cito como exemplo, o depoimento da secretária adjunta de governo e assuntos estratégicos Ivone de Souza, nomeada por Emanuel para o cargo desde 2018, pessoa que era de sua extrema confiança que trabalhava com ele desde a época que era deputado estadual. Ivone disse em depoimento ao Ministério Público que ela agia a mando do prefeito ao levar ordens, dele, para os secretários cumprirem, mesmo sendo ilegal.
Nos últimos quatro anos entraram nos cofres da secretaria de saúde mais de R$ 4,5 bilhões de reais. Eu pergunto: como pode uma secretaria ter tanto dinheiro e nas unidades de saúde faltar um dipirona para combater uma febre?
Somente do governo federal a Prefeitura de Cuiabá recebeu mais de R$ 295 milhões para combate da Covid-19 e seus efeitos econômicos.
Na última sexta-feira, eu estive realizando uma fiscalização no novo pronto-socorro, onde constatei que pacientes estão em macas nos corredores e em quartos lotados a espera de cirurgias que demoram mais de 80 dias.
Uma mãe me relatou, chorando, que seu filho estava gemendo de dor por falta de remédios, e como prova, a mãe me pediu para fotografar uma receita emitida por um médico que trabalha no novo pronto-socorro, onde aconselhou a essa mãe dar um jeito de comprar os medicamentos para atender o seu filho.
Vendo aquela situação algumas enfermeiras me chamaram do lado e disseram: vereador essas pessoas não são operadas porque não tem material cirúrgico para os médicos operarem os pacientes.
Um absurdo e covardia esse tipo de situação que a gestão do prefeito faz com o nosso povo!
Agora, ontem, quarta-feira, a imprensa noticiou que com salários atrasados, médicos anunciaram pedido de demissão em massa do novo pronto-socorro.
Não podemos ficar indiferente com o que vem ocorrendo em Cuiabá, onde a prefeitura arrecada bilhões e o povo sofre com a falta de remédios, exames e cirurgias. Na Central de Regulação tem mais de 70 mil pessoas a espera por algum desses procedimentos médicos.
Atentai Cuiabá! Estão roubando na cara dura o dinheiro do povo cuiabano.
Eu tenho dito aos vereadores: é hora de ficarmos do lado povo, e não do lado da corrupção!
O prefeito não tem mais condição moral de governar a nossa cidade.
Se ele insistir em voltar, Cuiabá vai entrar em colapso!
Basta! Fora Emanuel Pinheiro!
Dilemário Alencar, é vereador em Cuiabá