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Opinião Quarta-feira, 15 de Junho de 2022, 06:00 - A | A

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EDITORIAL - 15/06/2022

Está dada a largada

Da Editoria

Editoria | Estadão Mato Grosso

Enfim, o sonho de milhares de mato-grossenses começa a ser colocado em movimento. Foi liberada a licença de instalação necessária para que a Rumo comece a lançar os primeiros quilômetros de trilhos que levarão o progresso ao coração do agronegócio. É o começo do salto que Mato Grosso dará para um futuro mais auspicioso, já que uma logística eficiente impulsiona a geração de emprego e renda no estado.

Os primeiros benefícios socioeconômicos da construção da Ferronorte já devem ser sentidos em menos de dois anos, mas a locomotiva pode levar cerca de três anos até finalmente chegar a Cuiabá com seu primeiro carregamento. No cronograma preliminar, a previsão é de que o terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025, enquanto o da região de Lucas do Rio Verde deverá ser finalizado até o 2º semestre de 2028. Antes disso, porém, os terminais intermediários já estarão funcionando, levando desenvolvimento aos municípios vizinhos.

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Estimativas iniciais apontam que cerca de 235 mil empregos serão criados durante as obras da Ferronorte, resultado de um investimento de aproximadamente R$ 11 bilhões. Deste montante, quase R$ 5 bilhões devem ser injetados diretamente na economia mato-grossense, com a aquisição de serviços e produtos que serão utilizados durante a fase de construção. É um rio de dinheiro que começa a fluir em direção a Mato Grosso.

Como a obra é de total responsabilidade do setor privado, não deve haver atrasos sistemáticos ou abandonos, o que infelizmente é uma praxe no setor público. Ou seja, não há qualquer risco de que a ferrovia estadual se torne um novo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A empresa responsável já tem experiência no setor. Opera em outros 11 terminais de transbordo e seis portuários, além de administrar cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

As ferrovias são máquinas de progresso, como a própria história nos mostra. Exemplos não faltam por todo o mundo, embora ainda faltem no Brasil. Ainda assim, é preciso destacar que as regiões mais desenvolvidas do país são justamente aquelas que têm maior presença do modal ferroviário. Eis que, finalmente, começamos a interiorizar o desenvolvimento.

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