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Opinião Quinta-feira, 23 de Setembro de 2021, 06:00 - A | A

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EDITORIAL - 23/09/2021

A vitória da vacina

Da Editoria

Editoria | Estadão Mato Grosso

Há cada vez mais sinais de que estamos deixando para trás os períodos mais sombrios da pandemia de covid-19. As internações em Mato Grosso têm caído a um ritmo consistente e a ocupação dos leitos de UTI segue abaixo de 40%, mesmo diante do bloqueio de mais de 100 leitos de terapia intensiva que estavam desocupados. E há poucos dias, Cuiabá registrou o primeiro período de 24 horas em novas mortes por covid-19. São números que confirmam a vitória da ciência sobre o coronavírus, através da vacinação em massa.

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Depois de uma segunda onda de contágios que se mostrou letal e levou o total de vítimas da pandemia para mais de meio milhão, o Brasil acelerou o seu programa de vacinação contra a covid-19 e agora começa a colher os bons resultados da aposta na ciência. O relatório mais recente do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que a desaceleração no número de óbitos já completou 12 semanas consecutivas e se mostram sustentável. Segundo a Fiocruz, isso se deve ao avanço da campanha de vacinação.

Mas isso não nos permite vacilar. Nesta terça-feira (21), o Imperial College de Londres emitiu um alerta: a taxa de transmissão do coronavírus no Brasil atingiu seu maior patamar desde junho, quando começou a desacelerar no Brasil. A taxa de contágio, chamada de Rt, subiu para 1,03. Qualquer número acima de 1 indica tendência de crescimento da pandemia, ao passo que valores menores que 1 indicam a redução. Uma semana antes, o Brasil ostentava a menor taxa de transmissão em 10 meses, com 0,81. É um salto enorme de uma semana para a outra.

O boletim mais recente do Imperial College reforça aquilo que os cientistas já alertavam desde que começamos a ver uma diminuição nos números da pandemia, em junho deste ano: não podemos baixar a guarda.

Apesar de avançar rapidamente na campanha de vacinação, o Brasil ainda não atingiu o patamar ideal de imunização coletiva para declarar uma vitória sobre o vírus. O Vacinômetro do Ministério da Saúde aponta que apenas 52% da população vacinável (adultos, com mais de 18 anos) já receberam as duas doses, ou a dose única da Janssen. Já a primeira dose foi aplicada em cerca de 90% da população vacinável. Quer dizer: veremos nos próximos dias um aumento significativo na população imunizada. Até lá, temos que manter os cuidados.

Por hora, temos motivos para celebrar. O Brasil está entre as nações menos negacionistas do mundo, apesar de uma pequena minoria que prefere acreditar em teorias conspiratórias do que na ciência. E o resultado disso está sendo mostrado com a redução dos números da pandemia. Comemoremos, com cautela, a vitória da vacina.

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