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Judiciário Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2023, 19:17 - A | A

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MEU PIRÃO PRIMEIRO

Segunda colocada em votos, procuradora cita paridade de gênero para defender seu nome

Eunice Helena ficou em segundo lugar por 1 voto

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Única mulher na lista tríplice do Ministério Público Estadual (MP-MT) para a vaga de desembargador, a procuradora Eunice Helena Rodrigues afirmou nesta segunda-feira, 18 de dezembro, que espera ser escolhida para ampliar a paridade de gêneros na composição do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Eunice foi a segunda mais votada pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, que exaltaram sua extensa carreira no Ministério Público e seu notório saber jurídico. Seu nome foi praticamente unanimidade. Apenas um desembargador não votou em Eunice para a lista. Ao final, o promotor Wesley Sanchez ficou no primeiro lugar, com o também promotor Marcos Regenold em terceiro.

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Em conversa com jornalistas, Eunice lembrou que não há nenhuma mulher egressa do MP entre os atuais desembargadores do TJMT. Ela lembrou ainda que uma resolução recente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determina que as listas sêxtuplas observem a paridade de gênero e espera que esse critério também seja seguido pelo governador Mauro Mendes (União) quando fizer a escolha de quem ficará com a vaga do Quinto Constitucional.

“No Ministério Público, nós não temos nenhuma representante mulher ocupando a vaga do Tribunal. Então seria, acredito eu, a hora de nós mulheres começarmos a ocupar nosso espaço aqui”, afirmou.

“Eu sou a favor da nova resolução do CNMP, quanto à paridade que tem que existir. Aqui no Tribunal, as mulheres ainda estão em menor número. Então, quem sabe eu venho para somar aqui, se assim o governador decidir”, complementou.

Eunice apontou também que é a única procuradora entre os componentes da lista tríplice, demonstrando que ela já atingiu o ápice da carreira no Ministério Público. Em sua avaliação, a escolha de seu nome para ser desembargadora seria natural em virtude disso.

O procurador possui atribuições parecidas com as do promotor, mas se relaciona diretamente com os órgãos judiciais de segundo grau, em matéria cível ou criminal. Ou seja, é um cargo que está acima do cargo de promotor, no qual o candidato ingressa após promoção.

“Tenho 36 anos de Ministério Público, sou uma procuradora de Justiça, ou seja, cheguei no ápice da minha instituição e estou preparada para vir para cá. Bagagem eu tenho”, afirmou.

“Não desmerecendo nenhum deles, mas eu penso que quem deve concorrer tem que ser também aquele que prosseguiu no Ministério Público, chegou até o final da carreira e agora está habilitando para vir para o Tribunal. Não desmerecendo o fato de ser promotor, nada disso. É uma opinião minha, particular. Inclusive, nós procuradores atuamos junto ao tribunal, então o tribunal tem um maior acesso a nós, eles nos conhecem mais, veem mais nossos pareceres, e os promotores atuam mais no primeiro grau”, argumentou.

A lista tríplice foi definida pelo TJMT em sessão administrativa na manhã desta segunda, 18. Os nomes seguem para avaliação do governador Mauro Mendes, que tem liberdade para escolher quem ficará com a vaga destinada ao MP pelo Quinto Constitucional.

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