O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves foi apontado como um dos líderes no esquema de venda de sentenças. Ele foi preso na Operação Sisamnes, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 26, pela Polícia Federal (PF). No documento assinado pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), Andreson é apontado como “função de destaque” no esquema criminoso.
“Quanto ao primeiro, aliás, consoante já relatei e aprofundarei em seguida, sua aparente função de destaque no empreendimento ilícito parece bastante clara, sendo plenamente difundida sua intercessão na integralidade das condutas criminosas constantes desta representação”, apontou ministro.
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Apesar de Andreson ter sido apontado como advogado no documento, ele não possui carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Além de não ter carteira da OAB, Andreson já falsificou uma da seccional do Pará, que foi descoberto.
Andreson possuía um papel de destaque no sistema, ele era o responsável por interligar juízes e desembargadores com clientes e advogados para adquirir benefícios com as vendas das sentenças.
“A função de destaque e comando de Andreson na estrutura criminosa foi delineada longamente na representação. Pelo que se apurou, na condição de empresário organizador do esquema ilícito, ele era responsável por intermediar interesses criminosos entre advogados e servidores públicos do STJ”, explicou.
Os investigadores identificaram 12 hipóteses de crimes e em todos eles o lobista está envolvido.
Junto com Andreson aparece o advogado assassinado Roberto Zampieri pela constante ação no esquema. Zampieri, por ser bastante relacionado com os magistrados, também aparece em diversos pontos da investigação.