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Judiciário Terça-feira, 22 de Outubro de 2024, 17:06 - A | A

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Justiça proibe "magnata da soja" de pedir votos em festas da empresa

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O "magnata do agro", Elusmar Maggi Scheffer, que abraçou a campanha do petista Lúdio Cabral em Cuiabá, está proibido de pedir votos aos seus funcionários durante eventos de confraternização realizados por suas empresas. A decisão é desta terça-feira (22) e foi proferida pelo juiz Moacir Rogério Tortato, da 1ª Zona Eleitoral da capital.

Elusmar é irmão de Eraí Maggi e sócio do grupo Bom Futuro. Conforme a decisão do magistrado, o barão do agronegócio não pode realizar confraternização em suas empresas que envolvam a distribuição de bebida, comida ou música ao vivo, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. O pedido foi feito pela Coligação Resgatando Cuiabá, do candidato Abilio Brunini (PL).

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"Há indícios suficientes, com base nos fatos relatados e nas provas apresentadas (vídeos, matérias jornalísticas), de que o evento promovido pelo representado teria configurado ato ou propaganda eleitora irregular, conforme os artigos 243, V, do Código Eleitoral, e 39,  6º e 7º da Lei 9.504/1997. O fato de associar um evento festivo a um pedido explícito de votos em prol de determinado candidato, envolvendo", conta na argumentação.

Elusmar declarou apoio a Lúdio Cabral e participou do ato político realizado no último sábado (19). Elusmar ficou conhecido por realizar neste ano a festa mais cara já realizada na história de Cuiabá, que teria custado R$ 15 milhões. Ele também ficou 'famoso' por doar R$ 1 milhão ao Internacional.

Em entrevista exclusiva ao Estadão Mato Grosso, ele declarou ser fã do Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula e garantiu que vai votar e fazer campanha 24 horas para o petista. 

Ao defender o PT, o dono do grupo Bom Futuro diz que o partido do Lula "garante e dá condições para as pessoas trabalharem". Segundo ele, é o contrário do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não teria trazido nada para a capital do agronegócio. Elusmar diz não entender o porquê de tanta "paixão de alguns empresários pelo ex-presidente". 

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