A Justiça determinou, neste domingo (2), a soltura de dois turistas e um guia presos em flagrante por invadir a Gruta da Lagoa Azul, em Nobres, a 151 km de Cuiabá, no sábado (1º). Ao todo, sete pessoas foram encaminhados à delegacia, mas quatro foram ouvidos e liberados no mesmo dia.
O local está interditado desde 2002 devido à degradação da área. Segundo a decisão assinada pelo juiz Raul Lara Leite, o guia é Matheus Freire da Silva Campos. Ele e os dois turistas permaneceram detidos por serem reincidentes, mas foram liberados durante a audiência de custódia. Eles vão responder por causar danos a Unidades de Conservação e áreas de proteção ambiental.
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O juiz justificou em trecho da decisão que a prisão preventiva é uma medida excepcional, tomada quando há provas suficientes da autoria e materialidade do crime, e quando a liberdade do acusado representa um risco à ordem pública, à investigação ou à aplicação da lei.
O g1 entrou em contato com a defesa de Matheus, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O grupo foi solto sem o pagamento da fiança, mas com a condição de comparecer a todos os atos do processo, sendo advertidos de que, se não cumprirem qualquer uma das condições, a prisão preventiva poderá ser decretada.
A prisão foi deflagrada em conjunto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT). A Polícia Militar informou que a presença dos visitantes no local causa danos diretos à unidade de conservação, colocando em risco espécies de peixes em extinção e alterando a coloração das águas.
Quatro dos turistas foram até o local acompanhados do guia, que cobrou R$ 200 por pessoa para realizar o passeio, enquanto os outros dois turistas foram por conta própria até o local.
