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Judiciário Segunda-feira, 30 de Outubro de 2023, 09:48 - A | A

Segunda-feira, 30 de Outubro de 2023, 09h:48 - A | A

CASO PACCOLA

Juiz nega pedido de Paccola para reconstituição de morte de agente socioeducativo

Magistrado afirmou que não há dúvidas sobre os elementos do crime

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

O pedido para que fosse reproduzida a cena da morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa foi negado na última sexta-feira (27) pelo juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, João Bosco Soares da Silva. Alexandre foi morto a tiros pelo ex-vereador Marcos Eduardo Ticcianel Paccola em julho do ano passado.

Foi a defesa do ex-vereador quem pediu a reconstituição da cena do crime, para ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte de Alexandre. No entanto, o juiz entendeu que não há dúvidas sobre a dinâmica do crime, já que o caso foi registrado em vídeo por diversos ângulos.

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"A reconstituição simulada dos fatos só é imprescindível quando remanescerem dúvidas sobre o modo de execução de determinada infração, situação esta que não é verificada nos autos, pois toda dinâmica de como ocorreu os fatos foi gravada por câmeras de segurança, cujas imagens estão anexadas aos autos (...) Não há dúvida fundada de ou contradição de como ocorreram os detalhes", afirmou o magistrado.

"Não bastasse, verifica-se dos autos que fora apresentado o Laudo Pericial Criminal de local do crime, com vasto acervo fotográfico de onde ocorreram os fatos", complementou.

Ao negar o pedido de reconstituição, o juiz determinou que o Ministério Público Estadual (MP-MT) e a defesa de Paccola apresentem suas alegações finais no processo, que deve seguir para julgamento.

Paccola matou Alexandre no dia 1º de julho de 2022. Alexandre estava acompanhado da namorada, ambos bêbados, e eles teriam se envolvido em uma confusão em uma distribuidora de bebidas no bairro Quilombo, em Cuiabá.

Após a confusão, o casal deixou o local e caminhava para o carro quando Paccola chegou à distribuidora para saber do que se tratava. Paccola alvejou Miyagawa com três tiros nas costas.

À época, o ex-vereador disse que que Alexandre fez um movimento como se fosse sacar uma arma para atirar em sua namorada, com a qual discutia no meio da rua, e por isso atirou. A defesa de Paccola sustenta que o ex-vereador agiu em legítima defesa, própria e de terceiros.

A morte do agente custou a Paccola seu cargo de vereador por Cuiabá. Ele foi cassado meses depois, por quebra de decoro parlamentar.

Leia mais sobre o caso Paccola e todos os seus desdobramentos aqui.

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