O empresário Eder Pinheiro, proprietário da Verde Transportes, teria oferecido ao ex-deputado estadual Pedro Satélite (PSD) viagens internacionais, apartamentos e até um avião em troca de favores ilícitos no esquema de licitação do transporte público intermunicipal. A informação consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MP-MT), apresentada à justiça na última sexta-feira (21).
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Segundo o MP, os benefícios demonstram a aproximação dos dois investigados na operação Rota Final, desencadeada pelo Grupo Especial de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco).
“Eu tô te ligando pra falar do nosso negócio não, eu tô te falando pra falar do problema que cê tá passando aí. Então, tô solidarizando com você como amigo e como pai, cê tá entendendo? E, se ocê me permite, é... o... devo tá te amolando muito, não é pra menos... pega a sua menina aí, sua mulher, monta no meu avião aqui e vamo lá pra Bahia”, diz Eder, em uma ligação feita para Satélite em janeiro de 2018.
Na ocasião, Eder sugeriu que Satélite ficasse ‘relaxando’ por uma semana a dez dias para voltar ao serviço só depois. Em seguida, na mesma ligação, ele dá a opção de uma viagem internacional para o parlamentar.
“Tô te dando opção. Às vezes cê quer ir para aquele apartamento meu lá em Orlando, nos Estados Unidos (sic)”, fala o empresário ao telefone. As conversas foram reveladas pelo MP durante denúncia oferecida contra ambos.
Segundo o Ministério Público, Satélite teria se aliado a Dilmar Dal’Bosco (DEM) para montar e comandar uma comissão especial na Assembleia Legislativa com o objetivo de travar a assinatura de contratados da licitação de transporte coletivo intermunicipal de passageiros. O esquema buscava beneficiar diretamente a Verde Transporte, de Eder Pinheiro.
Dilmar, Satélite e mais 11 pessoas são acusadas de envolvimento em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. O MP pediu à Justiça o bloqueio que somam R$ 10.273.749,44 nas contas de Pedro Satélite e seu filho. Já Dilmar pode ter bloqueada a quantia de R$ 5.173.260,80.
Das empresas investigadas, o Ministério Público pediu o sequestro de R$ 15,075 milhões da Verde Transportes, R$ 1,171 milhão da Viação Xavante e R$ 800 mil das empresas Andorinha S/A e Viação Motta.