Passados quatro dias desde que a fiança de R$ 209 mil foi reduzida para R$ 10 mil, o empresário Marcelo Cestari ainda não foi intimado pela Justiça e não efetuou o pagamento. Inconformada com os rumos que o caso está tomando, Patrícia Ramos, mãe da adolescente Isabele Ramos, morta no dia 12 de julho no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá, entrou com o pedido de prisão preventiva de Marcelo, por quebra de fiança. A defesa protocolou o pedido nesta quinta-feira, dia 23 de julho. As informações são dos repórteres Jéssica Bachega e Pablo Rodrigues, do Gazeta Digital.
De acordo com a reportagem, o oficial de justiça ainda não conseguiu intimar o empresário acerca da decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Rondon Bassil Dower Filho, que reduziu a fiança de R$ 209 mil para R$ 10 mil.
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A defesa de Patrícia, patrocinada pelo advogado Hélio Nishyama, também pede que o oficial tente intimar Marcelo em sua empresa ou na casa de sua mãe. Além disso, Hélio também sustenta que o pagamento da fiança não é limitado à transferência bancária, podendo ser disponibilizado outros tipos de bens.
A reportagem do Estadão Mato Grosso tentou contato com o advogado, mas a ligação não foi atendida e as mensagens não foram respondidas.
O CASO
Isabela Guimarães Ramos foi atingida na cabeça por um tiro acidental disparado pela filha de Marcelo, que tem a mesma idade da vítima fatal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas encontrou a jovem já sem vida no banheiro da casa.
O incidente aconteceu por volta das 22h30 do dia 12 de julho. Nas buscas, a polícia encontrou sete armas de fogo, dessas, duas sem registro, o que causou a prisão preventiva de Marcelo.
Ao empresário foi estipulado o pagamento de uma fiança no valor de R$ 1 mil. A família de Isabele recorreu à justiça. No dia 15, o juiz da Décima Vara Criminal de Cuiabá, João Bosco Soares da Silva, majorou a fiança em R$ 209 mil e criticou o valor imposto inicialmente, alegando que o delegado responsável deixou de observar vários quesitos da situação.
A defesa de Marcelo recorreu no TJMT e conseguiu reduzir o valor para R$ 10 mil.