O corregedor eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), José Luiz Lindote, evitou falar sobre os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes, afastados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ambos são suspeitos de envolvimento com um esquema de venda de sentenças.
O magistrado foi questionado sobre uma resposta concreta à sociedade, mas Lindote alegou que a investigação é de competência do CNJ.
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“A questão dos dois desembargadores afastados, ela está sendo objeto de apuração no CNJ e no STJ [Superior Tribunal de Justiça]”, disse.
Lindote disse que irá se inteirar dos processos apenas após tomar posse.
“Eu não tomei conhecimento de nenhum processo que há na Corregedoria, vou me inteirar sobre o que tem. Até porque eu fui eleito agora e tenho como princípio só tomar conhecimento dos fatos após a minha eleição”, falou.
A decisão da Corregedoria Nacional está relacionada à investigação dos vínculos mantidos entre os desembargadores com o advogado Roberto Zampieri, vítima de homicídio aos 59 anos, em dezembro do ano passado, em frente ao seu escritório, em Cuiabá. Segundo o CNJ, há indícios de que os magistrados mantinham amizade íntima com o falecido advogado Roberto Zampieri – o que os tornaria suspeitos para decidir processos patrocinados pelo referido causídico – e recebiam vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgarem recursos de acordo com os interesses de Zampieri. Os processos tramitam em sigilo.