As investigações sobre um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que vieram à tona a partir de conversas no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro de 2023, ganharam destaque no jornal O Estado de São Paulo. Zampieri, mantinha uma relação íntima com desembargadores da Corte estadual. De acordo com as investigações, os magistrados recebiam presentes e propinas em vez de se declararem impedidos para julgar processos.
A apuração, conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e baseada em informações da Polícia Civil de Mato Grosso. Entre os principais investigados estão os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, além do juiz Ivan Lúcio Amarante, que foram afastados do cargo pelo CNJ.
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O celular de Zampieri revelou conversas com o desembargador Sebastião de Moraes Filho, nas quais compartilhavam detalhes da vida pessoal, incluindo atividades cotidianas como idas a pilates e salão de beleza.
A disputa por terras em Mato Grosso, particularmente uma decisão contrária aos interesses de um adversário de Zampieri, é apontada como possível motivação para o assassinato do lobista. Um advogado que denunciou o esquema de venda de sentenças também relatou ter sido ameaçado de morte e oferecido suborno em meio a uma disputa judicial sobre terras de 224 hectares.
O caso segue em investigação, com a repercussão nacional, e o Estado de São Paulo destacou a gravidade das acusações e as possíveis implicações para o sistema judiciário.