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Judiciário Terça-feira, 18 de Outubro de 2022, 09:14 - A | A

Terça-feira, 18 de Outubro de 2022, 09h:14 - A | A

CASO VIÚVA NEGRA

Ana Cláudia Flor é condenada a 18 anos de prisão em regime fechado

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O Tribunal do Júri condenou Ana Claudia de Souza Oliveira Flor a 18 anos de prisão em regime fechado. Ela é acusada de ter mandado matar o marido Toni da Silva Flor em agosto de 2020.

O julgamento começou às 9h de segunda-feira, 17 de outubro, e terminou na madrugada desta terça-feira, 18 de outubro.

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Ela é acusada de ter contratado Igor Espinosa para matar seu esposo, alegando que estaria sofrendo violência doméstica. Entretanto, a acusação diz que Ana Cláudia estava de olho no patrimônio do esposo, além de não aceitar a ideia de uma separação. Uma testemunha alegou também que ouviu Ana dizer que ela e o esposo teriam um 'pacto de morte' em caso de traição.

Em juízo, Ana Cláudia acusou o marido de manter relações extraconjugais com a esposa de um primo e negou que ela tenha traído Toni. A suposta ordem de assassinato teria ocorrido após o casal brigar. Na ocasião, Ana procurou sua manicure, que disse conhecer alguém que poderia 'resolver o problema'.

Essa manicure teria passado o contato de Ana para os executores do crime. Ana Cláudia afirma que manteve um contato inicial com um dos executores, que teria dito ao telefone que cobraria R$ 60 mil pelo 'trabalho'.

"Eu conversei com eles, expliquei minha situação, contei o que estava acontecendo e nesse dia, sim, eu falei para ele que eu não queria mais, que eu achava que era eu ou o Toni e eu estava decidida a mandar matá-lo", disse.

Após ser interpelada pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, ela negou que tenha oferecido dinheiro para os acusados.

"Eu não ofereci nada, essa foi a nossa primeira conversa. Ele me perguntou o motivo", respondeu.

Ao ser novamente questionada pela magistrada sobre quem teria mandado matar Toni Flor, Ana Cláudia fez 'mea-culpa'. Ela disse que se reaproximou do marido após o primeiro contato com os demais acusados.

"No dia seguinte, depois ele me ligou de novo. E deu o preço. 'Falou: eu faço, é R$ 60 mil'. Eu falei que não tinha esse dinheiro, eu não tenho R$ 60 mil. E o Toni estava me ligando, a gente já estava conversando novamente, tudo de novo, todas promessas de novo, e eu já tinha deixado pra lá", afirmou.

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