Segunda mais votada nas eleições deste ano, a vereadora reeleita Maysa Leão (Republicanos) não irá apoiar nenhum dos dois candidatos a prefeito de Cuiabá neste segundo turno. Em conversa com jornalistas nesta manhã de terça-feira, 8 de outubro, a parlamentar pontuou que não foi recebida por nenhum dos postulantes ao cargo para discutir políticas públicas voltadas às crianças atípicas, sua principal bandeira como vereadora.
“É muito fácil você dizer que olha para a família atípica num segundo turno, precisando vencer as eleições. Difícil é você trabalhar por isso... difícil é ter a capacidade de ir lá, olhar e escutar essas mães, essas famílias. [...]eu não tive abertura com nenhuma das majoritárias para conversar sobre pautas importantes durante meus dois anos de mandato, então eu prefiro me colocar como uma pessoa que vai assistir e propor”, explicou a vereadora.
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Maysa destacou que não fecha as portas ao diálogo com os dois candidatos, Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), e levará a eles cartas compromisso acerca de suas bandeiras.
A reclamação da vereadora não é ao léu. Dos quatro candidatos que disputaram a Prefeitura de Cuiabá este ano, três já são políticos com mandato. O único estreante na política partidária foi o empresário Domingos Kennedy (MDB), que amargou a quarta colocação.
Abilio Brunini é deputado federal. Já os candidatos Lúdio Cabral e Eduardo Botelho (União Brasil) são deputados estaduais, sendo este último o atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
A reclamação de Maysa é que nenhum dos três a recebeu para tratar sobre políticas públicas voltadas às crianças atípicas durante o mandato, antes do período eleitoral.
“Eu não tive nenhuma aproximação dos candidatos à majoritária com tempo hábil para discutir propostas, projetos e planos para essas pessoas que estão esquecidas há muito tempo. Então, já que antes da eleição ninguém tinha tempo para sentar e conversar sobre as propostas que eu defendo, vou continuar aqui trabalhando e defendendo [minhas bandeiras]”, pontuou.
Maysa Leão se destacou nas urnas no último domingo (7) ao ser a segunda mais votada para a Câmara de Cuiabá. No último pleito, ela não chegou a ser eleita e ficou como primeira suplente. A parlamentar assumiu o cargo após o Tenente Coronel Paccola ser cassado por matar o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa com tiros nas costas.
