Neste domingo (29), mais de 370 mil eleitores de Cuiabá irão às urnas para definir quem será o prefeito da cidade nos próximos quatro anos.
Estão na disputa Abílio (Podemos) e Emanuel Pinheiro (MDB), dois adversários que já colecionam embates antes do período eleitoral.
Abílio é vereador de Cuiabá e seu mandato foi marcado por sua oposição ferrenha ao prefeito da Capital. Ele chegou a ser cassado pelos colegas de Parlamento por quebra de decoro parlamentar, mas conseguiu reverter à situação na Justiça.
Em abril, ele deixou o PSC e migrou para o Podemos com carta branca para construir sua candidatura a prefeito. Com apoio do PSC, Cidadania e de seu partido, Abílio encabeçou a chapa “Cuiabá para Pessoas” e foi lançado como candidato a prefeito com seu amigo de Parlamento, Felipe Wellaton (Cidadania). Entre as propostas de governo dele está o combate à corrupção e redução de até 40% das secretarias.
Emanuel Pinheiro foi eleito em 2016 como prefeito de Cuiabá. Desde o primeiro ano de seu mandato enfrenta o “fantasma” chamado paletó. O vídeo em que mostra Emanuel colocando maços de dinheiro no paletó repercutiu nacionalmente. Ele alega que o dinheiro era dívida que o ex-governador Silval Barbosa tinha com seu irmão. No entanto, delatores alegam que era propina.
Pinheiro busca a reeleição, com apoio de 11 partidos, tendo seu ex-secretário José Roberto Stopa (PV) como candidato a vice-prefeito. Além da sua própria sigla, compõem a coligação “A mudança merece continuar” os partidos PP, PV, PSDB, PL, PTC, PCdoB, PMB, PTB, Republicanos e Solidariedade. Seu plano de governo é uma proposta de continuidade e correção das falhas detectadas no primeiro mandato.
Primeiro turno - No primeiro turno, o candidato do Podemos obteve mais de 90 mil votos, o que representou 33,72% do total, ficando em primeiro lugar. Pinheiro ficou em segundo com 82.367 votos, o que totalizou 30,64% do total.
Logo após o resultado, os candidatos foram em busca de apoio de outros postulantes ao pleito, principalmente com Gisela Simona (PROS) que recebeu mais de 50 mil votos, e de outras lideranças políticas.
O governador Mauro Mendes (DEM), a primeira-dama, Virginia Mendes, Roberto França (Patriota) e Aécio Rodrigues (PSL), que ficaram em quarto e sexto colocados no primeiro turno, respectivamente, manifestaram apoio a Abílio.
Emanuel conseguiu validação na nova fase da eleição de sindicatos de servidores públicos municipais e estaduais e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) e do ex-governador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (Progressista).
A campanha do segundo turno foi marcada por acusações entre os candidatos.
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