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Economia Terça-feira, 21 de Setembro de 2021, 07:30 - A | A

Terça-feira, 21 de Setembro de 2021, 07h:30 - A | A

DUPLA FUNÇÃO

Terminal de Cuiabá será voltado para indústrias

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Priscilla Silva

Repórter | Estadão Mato Grosso

A principal função da estrada de ferro mato-grossense é atender a demanda crescente do agronegócio, que produz cerca de 70 milhões de toneladas ao ano. O modal será usado como saída da produção de commodities para exportação e voltará trazendo insumos para os ciclos seguintes de cultivos. De forma secundária, mas não menos importante.

Justamente por isso, a ferrovia será dividida em dois ramais próximo a Rondonópolis. Um dos caminhos seguirá em direção a Primavera do Leste, onde deve ser construído o primeiro ramal para captar cargas do agronegócio local. Vencida a serra da Chapada, os trilhos seguirão em direção a Lucas do Rio Verde, onde deve ser construído o último terminal até 2028.

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Já o segundo ramal seguirá em direção a Cuiabá, com o objetivo de abastecer a indústria e o comércio local com mercadorias trazidas dos principais centros produtores. Esse segmento recebeu o apelido de ‘Ferrovia da Indústria’, devido à expectativa que os empresários cuiabanos têm de alavancar sua competitividade tanto no mercado nacional quando no exterior.

“O perfil do terminal que vai ter em Cuiabá é diferente, é um perfil de container, que vai atender as indústrias, o comércio, que vai trazer cargas fracionadas a um custo de frete mais barato, o que vai beneficiar muita gente, o pessoal do comércio e das indústrias”, explicou o governador Mauro Mendes (DEM). “Muito mais do que atender ao agronegócio, que transporta grandes volumes de tudo que é produzido nos campos de Mato Grosso, é uma ferrovia que vai trazer muita competitividade para a indústria”, completou.

Presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira avalia que a chegada dos trilhos em Cuiabá também deve estimular a instalação de novas empresas, além de fomentar o crescimento das indústrias que já estão instaladas por aqui.

“Ela conecta a nossa indústria as principais indústrias e portos do país. Mas não é só isso. O Ramal Cuiabá será um importante canal para trazer os insumos para nossas indústrias, trazendo mais possibilidades de crescimento às indústrias que já estão no estado e atração de novas”, reforça. “Uma logística mais eficiente com maior capacidade. Isso aumenta também a capacidade produtiva de Mato Grosso, que vai poder expandir sua economia”, destacou.

A previsão é de que o trecho entre Rondonópolis e Cuiabá estará concluído e em funcionamento no ano de 2025, enquanto a operação no trecho de Lucas do Rio Verde deve começar em 2028.

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