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Economia Quarta-feira, 17 de Julho de 2024, 14:57 - A | A

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CADEIA DA CARNE

Sindifrigo parabeniza união de campo e da indústria para apresentar a potência da produção de MT

Stephanie Romero | Assessoria de Imprensa

O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Freitas, parabenizou a iniciativa do Sindicato Rural de Cuiabá em integrar a cadeia produtiva da carne bovina, desde o produtor no campo até a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), durante o Fórum das Cadeias Produtivas, cuja programação segue até o dia 21 de julho, dentro da programação da 56ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Mato Grosso (Expoagro).

“A gente vê com bons olhos essa ação de falarmos da cadeia produtiva da carne reunindo e integrando o campo e a indústria. O resultado da produção de proteína animal depende desse conjunto. A palestra do Antônio Camardelli, presidente da ABIEC, trouxe números bastante aprofundados sobre a participação da produção brasileira de carne bovina para o mundo”, destacou Luiz Freitas.

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Na palestra “Tendências do mercado de carne no Brasil e em MT”, o presidente da ABIEC apontou como Mato Grosso está inserido no cenário mundial pela demanda de alimentos e as oportunidades de novos mercados para a carne bovina brasileira.

Com 197 milhões de cabeças, o Brasil tem o maior rebanho bovino do mundo, seguido pelos Estados Unidos (87 milhões de cabeças), Austrália (26 milhões), Uruguai (11 milhões), Canadá (11 milhões) e a Nova Zelândia (9 milhões). Mato Grosso tem rebanho de 34 milhões de bovinos, correspondente a 17% do que há no país.

Mato Grosso tem 29 abatedouros com Serviço de Inspeção Federal (SIF), ou seja, aptos para exportação. Foram embarcadas 482 mil toneladas de carne bovina no passado oriundas do Estado, gerando uma receita de 2,16 bilhões de dólares. No país, foram embarcadas 2,29 milhões de toneladas gerando 10,5 bilhões em faturamento.

Conforme apresentado por Antônio Camardelli, o Brasil exporta 30% da produção brasileira de carne bovina. Mato Grosso corresponde a 21% de tudo o que é embarcado de carne bovina para o mundo. A China é a principal compradora da carne mato-grossense.

De acordo com a ABIEC, 50,6% da carne mato-grossense é consumida pelos chineses. O segundo maior mercado é o Egito com 6,6%, seguido pelos Emirados Árabes Unidos (4,9%), Chile (4,4%), União Europeia (4,2%), Hong Kong (3,9%), Estados Unidos (3,6%), Filipinas (3,6%), Rússia (3,3%) e Árabia Saudita (2,4%).

O Porto de Santos, em São Paulo, é o principal ponto de escoamento da carne de Mato Grosso para o resto do mundo. Cerca de 45% da produção é enviada pelos contêineres paulistas. Na sequência está Paranaguá (PR), com 35% de participação.

Oportunidades e novos mercados

Camardelli apontou tendências de consumo na China como a substituição do consumo de carne suína, a preferida dos chineses, pela carne de gado. O aumento da urbanização e crescimento da renda melhorou o acesso a carne bovina. Atualmente 57% dos consumidores chineses consomem carne bovina regularmente.

“O consumidor chinês, quando compra carne, procura primeiro saudabilidade e segurança do produto e qualidade e sabor. Dentre as mudanças dos hábitos de consumo está o maior acesso em restaurantes e compra de produtos prontos para consumo”, disse o presidente da ABIEC.

Além disso, há grande potencial para o Brasil que é aumentar os mercados asiáticos como a Coreia do Sul, Japão, Vietnã e Turquia que não importam carne brasileira, mas correspondem a 20% do mercado mundial consumidor. Eles perdem para a China e Estados Unidos.

“A oportunidade para o Brasil é que produzimos esses tipos de cortes e podemos oferta-los em valores mais atrativos que outros países – em alguns casos, por até mais que a metade do preço”, explicou Camardelli.

O vice-presidente do Sindifrigo concordou que o Brasil tem mais espaço para aumentar a participação no mercado mundial e deu um exemplo do peso do país no consumo mundial.

“Se você fala na exportação de 30% de um rebanho de quase 200 milhões de cabeças, estamos falando da produção da carne de um rebanho de 60 milhões de cabeças para exportação. Se você pega a produção de uma Argentina, uma Austrália, eles têm um rebanho muito inferior do que esses 60 milhões de excedente que o Brasil tem destinado para a exportação”, concluiu Luiz Freitas.

 

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