O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, revelou na última terça-feira (4) que tem sido assediado por investidores interessados na modernização da infraestrutura do país com o PLS 261/2018. Ele calcula que a aprovação da nova regra criará condições de colocar em prática mais de R$ 20 bilhões em projetos de ferrovia em pouco tempo.
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“No PLS 261, que trata das autorizações de ferrovias, nós mostramos como isso pode trazer investimentos imediatos. Esses investimentos são em estados que são fortes em agronegócio, por exemplo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Espirito Santo, Bahia e Maranhão”, disse.
O chamado “custo Brasil” - que reflete as dificuldades de investimentos no país – também seria um dos pontos impactados pela modernização da infraestrutura. Atualmente, esse é o principal entrave para a atração de investimentos internacionais, além de criar um peso adicional sobre o preço de todos os itens produzidos no Brasil.
“Toda vez que um novo equipamento entra em operação a gente observa a disponibilidade de oferta e, consequentemente, a redução do custo. Um exemplo é a pavimentação da BR-163, que teve um efeito gigantesco sobre o frete para o Arco Norte, com redução de mais de 20%. Isso acabou empurrando todo o frete agrícola para baixo, caindo em média 11%. Um resultado muito expressivo pela competição que um equipamento novo gerou”, detalhou.
Dentre esses novos equipamentos citado pelo ministro, está a construção e expansão de três ferrovias em Mato Grosso. Entre elas, a principal aposta é a Ferrogrão, que ligará a região Norte de Mato Grosso aos portos do Arco Norte.
“Imagine quanto tiver uma Ferrogrão, que vai ser um grande regulador de tarifas do Brasil em operação, isso falando para daqui a dez anos. Parece muito tempo, mas infraestrutura é isso tem que pensar de longo prazo. Além disso, e quando Ferrovia de Integração do Centro-oeste (Fico) entrar em operação daqui cinco anos, e Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a extensão da Ferronorte até Lucas do Rio Verde (MT)” destacou o ministro.
Atualmente, o projeto de ferrovia mais avançado em Mato Grosso é a Fico, que ligará a cidade de Água Boa a Mara Rosa, em Goiás, onde será integrada à Ferrovia Norte-Sul. A previsão é que a Vale inicie as obras já neste mês de maio. A companhia assinou um contrato com o governo no fim do ano passado, com previsão de investir R$ 2,73 bilhões no trecho de 383 km.
