Os preços dos combustíveis voltaram a subir e quem já tinha se acostumado com gasolina abaixo de R$ 5 e etanol abaixo dos R$ 3 começa a se assustar. Conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a gasolina chegou a ter um preço médio de R$ 4,79 no início de outubro. Já no último levantamento, o preço médio atingiu R$ 4,90.
Em alguns postos, entretanto, ainda é possível encontrar o combustível por R$ 4,47, mesmo sem a Petrobras reajustar os preços. O cenário atual, conforme o relatório desta quarta-feira (26) do Preço de Paridade de Importação (PPI), elaborado pela Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), aponta uma defasagem de 63 centavos no preço da gasolina em relação ao mercado internacional.
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Já o etanol está sofrendo com sucessivos aumentos nas indústrias após despencar 44% desde que o preço alcançou seu pico, em 22 de abril deste ano, quando o metro cúbico (equivalente a mil litros) do biocombustível saía das usinas por R$ 4.460. O preço chegou a cair até o patamar mínimo de R$ 2.489 em 16 de setembro.
No entanto, houve um aumento de 16% nas últimas cinco semanas. Atualmente, o preço do metro cúbico de etanol nas usinas já alcançou R$ 2.888. Porém, é na bomba que o consumidor tem levado susto, com o preço do litro do biocombustível saindo de R$ 2,81 no dia 1º de outubro para R$ 3,47 nesta última semana de outubro.
Mesmo com o aumento, abastecer com etanol em Mato Grosso continua sendo mais vantajoso, com uma margem pequena. O preço atual do biocombustível corresponde a 68% do preço da gasolina.
PRESSÃO NOS PREÇOS
Apesar de reduzir a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) não conseguiu alcançar seu objetivo, que era levar o preço do barril a US$ 100. Esse objetivo, inicialmente, parecia que iria se cumprir e o preço do barril chegou a US$ 98, mas caiu para US$ 91 na última terça (25).
Porém, nesta quarta (26), o mercado abriu com uma disparada de quase 3% nos preços, ´com o barril de petróleo sendo negociado próximo de US$ 94.
Os relatórios da Abicom mostram que a paridade está ‘no vermelho’ desde o dia 29 de setembro. Ou seja, a Petrobras está mantendo os preços no Brasil mais baixos que no mercado internacional, um efeito que já era esperado pelos analistas devido ao segundo turno das eleições.
No final de outubro, o diesel estava 12 centavos mais caro no mercado internacional, enquanto a gasolina estava 8 centavos mais cara. Já no último relatório, o diesel aparece 74 centavos mais caro e a gasolina com uma diferença de 63 centavos.
Mesmo assim, o último reajuste da gasolina foi feito em 2 de setembro, quando houve redução de 7,08%. Já o último reajuste do diesel ocorreu em 20 de setembro, quando foi o preço reduzido em 5,78%.
Especialistas apontam que, mesmo com um cenário que seria de alta, a Petrobras deve segurar os preços até o próximo dia 30. Porém, um aumento parece iminente.