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Economia Terça-feira, 09 de Novembro de 2021, 11:00 - A | A

Terça-feira, 09 de Novembro de 2021, 11h:00 - A | A

BATATINHA FRITA

Prato coringa está escasso em bares e restaurante

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

Um dos itens coringa nos cardápios de bares, restaurantes e lanchonetes, a batata, está com oferta reduzida para mercado interno. Dentre os fatores que influenciam este cenário estão: o elevado custo da produção do tubérculo registrou alta de 60%, crescimento das exportações e clima desfavorável.

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Mercados atacadistas e fornecedores de alimentos congelados encontram dificuldades na aquisição de batatas congeladas para revenda. A restrição do produto no mercado é pontual e sazonal. “Está exportando mais e isso tende de reduzir a oferta para os mercados”, reforça Ednei de Sousa, fornecedor de alimentos da empresa Seara. Segundo ele, são marcas e embalagens específicas que estão em falta. “Estou sem o pacote de 2kg, mas há o produto em pacotes de 400 gramas, que é mais caro”, completa.

Aos que não abrem mão do alimento nas refeições, devem pagar mais caro nos próximos dias. Isso se deve a valorização no mês de outubro (38,1%) da batata mais comum, a do tipo ágata especial. “Outubro foi marcado pela valorização de 38,1% da batata tipo ágata especial frente ao mês anterior, com média de R$ 125,3/sc de 50 kg nas lavadoras, a maior da temporada de inverno de 2021”, aponta o Hortifruti Brasil, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP.

O encarecimento deve-se à redução da oferta provocada por três fatores, como lista a entidade. “Desaceleração da colheita da safra de inverno – Vargem Grande do Sul (SP) encerrou a temporada e Sudoeste Paulista entrou em intervalo de colheita –, retorno mais efetivo das chuvas no País, paralisando as atividades em alguns dias, e queda na produtividade provocada pelas geadas em julho”.

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Neste mês, novembro, a expectativa é que o Sudoeste Paulista voltará a colher, e a safra das águas vai se iniciar, no entanto, a oferta ainda deve ser controlada. A produtividade deve ser afetada, segundo pesquisadores do Hortifruti Brasil. “Pode ficar abaixo do potencial em novembro, visto que o volume de chuvas foi insuficiente para a irrigação em algumas áreas.

No último boletim Cepea, sobre a batata, a instituição percebeu que nos primeiros dias de novembro, entre o 1° e 05, os preços da batata lavada tipo ágata estiveram em R$ 111,87 na média das lavadoras do país, valor 1,12% acima do de outubro – que se encerrou a R$ 110,63.

“Este cenário está associado ao final da temporada de inverno, bem como às chuvas registradas em diversas regiões produtoras, que acarretaram diminuição ainda mais acentuada da colheita e, consequentemente, em menor oferta. Assim, as cotações do produto se sustentam em altos patamares”, finaliza o boletim da instituição

Os pesquisadores do Cepea também avaliam perdas na praça do Cerrado Mineiro. Apesar de a produtividade no local tenha sido elevada, com médias entre 700 e 800 sacas por hectares, as precipitações estão afetando a qualidade dos tubérculos. Há ocorrência de Phytophthora infestans, que causa requeima.

“No estado mineiro, problemas como pele escura e maior volume de batatas "diversas" impactam as vendas, além de causarem grandes descartes nas lavadoras, com perdas chegando a cerca de 15%. Até o final deste mês, é esperado que o Cerrado Mineiro colha 96% do total de sua safra”, encerra.

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