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Economia Sexta-feira, 05 de Agosto de 2022, 07:00 - A | A

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NOVOS MERCADOS

Mercadorias da Baixada Cuiabana ‘ganham o mundo’

Programa de fomento a exportações e importações começa a apresentar resultados, com capacitação de empresas para o mercado internacional

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

Pequenos e médios empresários de Mato Grosso que possuem o sonho de exportar suas mercadorias para o mundo estão mais próximos de realizar esse objetivo, com o auxílio do programa Imex, da Prefeitura de Cuiabá, que tem objetivo de fomentar a importação e exportação de mercadorias. O programa foi lançado no final do ano passado e já começa a apresentar seus primeiros resultados.

Francisco Vuolo, secretário de Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, explica que o programa consiste em despertar os empresários para o comércio internacional, através de estudos de quais produtos podem “ganhar o mundo” e como isso pode ser realizado.

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Atualmente, existem duas saídas dos produtos da Baixada Cuiabana, por meio do Porto Seco, na região do Distrito Industrial, e por meio do Arco Norte, terminal aeroportuário de Várzea Grande. Porém, a expectativa é que, nos próximos cinco anos, a Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo deve chegar à Capital, se tornando mais uma opção para exportação.

“É um mercado promissor, uma vez que Cuiabá movimenta US$ 400 milhões em importação e exportação. E, com a perspectiva da vinda da ferrovia até a Capital, a prefeitura, junto com a UFMT, está trabalhando esses pequenos e médios empresários para prospectar os produtos, tanto aqueles que têm potencial para exportação, como também na importação”, explica.

Algumas empresas já foram identificadas e poderão exportar seus produtos nos próximos meses. Dentre elas, está uma empresa que produz móveis rústicos de madeira e resina epóxi, ou ambos os produtos separados. A empresa, Criart Dubai, cumpre todas as regras ambientais de extração de madeira e produz peças personalizadas e exclusivas, o que é um diferencial para o mercado internacional.

Vuolo destaca que o programa já está demostrando resultados muito positivos, com várias empresas participando do processo de estudo, elaboração de plano de negócios, pesquisas para identificar os produtos, assim como verificar se o estabelecimento atende os requisitos necessários. Após isso, é dado início ao processo de negociação com os clientes estrangeiros.

“Uma vez identificado o potencial da empresa, nós acompanhamos todo o trâmite relacionado: levantamento de impostos, logística de transporte, qual é o melhor modelo de modal de transporte para importar ou exportar o produto”, pontua Vuolo, que também acrescenta os canais de negociação que a gestão está abrindo com outros países.

Somado ao Imex, o município ainda possui outros programas ligadas ao ‘Pra Frente Cuiabá’, que devem entrar e operação até o mês de outubro, como o ‘Cuiabanco’, que vai oferecer uma linha de crédito de até R$ 25 mil para os pequenos empresários da Capital. Vuolo explica que esse programa poderá ser utilizado em sintonia com o Imex.

Isso significa que o empresário que pretende importar uma mercadoria, com o objetivo de reduzir seus custos de operação, poderá buscar auxílio no Imex e contar com o apoio do ‘Cuiabanco’ para fazer a aquisição.

"Não é só para importar ou exportar produtos para comercialização. Às vezes, eu tenho uma indústria, uma empresa, e preciso comprar um equipamento que vai processar aquilo que eu trabalho, com uma velocidade maior e esse produto é o importado. Então, nós orientamos também para importações individualizadas”, explica o secretário.

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