A desvalorização da arroba penaliza os pecuaristas que acumulam perdas na margem de lucro em função da alta no custo de produção. O preço dos insumos para as pastagens e suplementação alimentar tem desmotivado pecuaristas a continuarem na atividade. Para aliviar um pouco desse peso, o governo federal publicou nesta quinta-feira (23) medida provisória que zera a incidência dos tributos PIS/Confins nas importações do milho. A trégua tributária tem validade até o dia 31 de dezembro de 2021.
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Em nota, a Presidência da República ressaltou a necessidade de aumentar a importação de milho pelo país, em razão do cenário de escassez interna, atrasos na colheita - por questões climáticas - e baixos estoques.
Na justificativa para tomada dessa decisão, o governo destacou “a importância do milho na cadeia produtiva como insumo agrícola, especialmente na agroindústria, em setores como a avicultura e a suinocultura". O incentivo fiscal atende um pedido de associações que representam o setor de Proteína Animal (ABPA), que dependem do milho.
“Mato Grosso é um estado que fica no ponto geodésico da América Latina e a logística é desfavorável ainda para que o nosso produto chegue aos mercados consumidores. A eliminação ou pelo menos diminuição de barreiras tarifárias, tanto dos nossos produtos como dos insumos, é a bandeira da IBA (Aliança Internacional da Carne) e somos amplamente favoráveis ao livre comércio”, avalia Francisco Manzi.
Apesar de a medida ter pouco reflexo na bovinocultura, pode tornar a produção estadual mais competitiva. Apenas 15% dos nossos animais são terminados em confinamento, mas a participação de grãos nas dietas, em algum momento da criação, é cada vez maior. “Redução de alíquotas ou até isenção nos torna mais competitivos e faz com nosso produto seja cada vez mais consumido por todas as classes sociais da população”, pontua Manzi.