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Economia Sexta-feira, 10 de Dezembro de 2021, 07:30 - A | A

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MÃOS À MASSA

Mãe e filha lançam linha de chocotones especiais para o Natal

Data mais aguardada do ano traz oportunidades para quem quer ganhar seu espaço no mercado; confira dicas

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O Natal é a data mais aguardada do ano, quando as pessoas aproveitam para celebrar o nascimento do menino Jesus e reforçar os laços familiares. Para muitos, a data também traz oportunidade de fazer uma renda extra, como é o caso da estudante Beatriz Abrahão Ferreira, que decidiu fazer panetones artesanais junto com a mãe, Raquel Rocha. Além do lucro, o trabalho em conjunto fortalece o relacionamento familiar.

Após sair do emprego em agosto deste ano, Beatriz resolveu colocar em prática os cursos de produção de chocotone e pôs as mãos na massa. Como a mãe está desempregada desde 2018, após sofrer um acidente, ela também ajuda na produção dos recheios, enquanto Beatriz fica responsável pela massa. Todos os processos são feitos de forma artesanal.

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"Minha mãe já tinha trabalhado com doces e eu vi essa oportunidade por causa dela. Ela está afastada do trabalho por motivos de doença e eu vi nisso uma oportunidade legal para ela ter um incentivo para voltar para essa área", afirma.

Beatriz explica que a mãe perdeu o emprego porque quebrou o tornozelo em dois lugares, o que reduziu sua mobilidade, essencial em seu antigo trabalho.

Com a boa experiência dos produtos natalinos, mãe e filha já planejam as ações que farão nas próximas datas comemorativas. Com quase 10 opções diferentes, ela aposta no sabor do produto 100% artesanal para conquistar os clientes e trazê-los de volta em datas futuras.

"Eu aprendo muito com ela. Ela me dá dicas e faz os recheios dos chocotones. Eu sempre estou bem atenta a tudo, é muito bacana e isso dá mais vontade a ela para voltar com novos produtos no próximo ano", diz Beatriz sobre trabalhar ao lado da mãe.

Os chocotones são vendidos por meio do seu perfil no Instagram (@bia_abrahao_ferreira) e os valores dos produtos variam entre R$ 10 e R$ 100.

Assim como Beatriz e Raquel, muitas pessoas aproveitam a chegada do Natal para empreender. Consultor do Sebrae em Mato Grosso, Alberto Santana explica que o desemprego gerado na pandemia fez com que muitos trabalhadores, principalmente aqueles que trabalhavam com eventos, partissem para o empreendedorismo, pois já dispõem do ‘know-how’ de atendimento ao público e prestação de serviços.

Agora, com sinais de volta à normalidade e o avanço da vacinação, os empreendedores estão se sentindo ainda mais motivados. Segundo Alberto, o faturamento das empresas deve ser até 30% maior do que no mesmo período do ano passado.

DICAS

Alberto orienta os empreendedores a aproveitarem essa tendência do público em consumir e "encantá-los" com seus produtos. Essa é a primeira dica de Alberto para consolidar o negócio e fidelizar os clientes.

Treinar as pessoas que vão atender os consumidores, tanto fisicamente como por meio das redes sociais, também é essencial para conquistar os clientes e fidelizá-los. Para isso, o empreendedor precisa transmitir sentimentos pelo meio digital, assim como ocorre quando o cliente vai à loja.

"A forma como a gente escreve, como vamos argumentar, vai transparecer uma mensagem e o empreendedor precisa estar atento a isso. Fora isso, também trabalhar com o "call to action", que é uma chamada para ação. Não adianta colocar uma promoção linda e maravilhosa nas redes e não ter uma chamada, o próximo passo que o consumidor precisa fazer", afirma.

Alberto lembra ainda que, apesar de os negócios poderem ser feitos em ambiente virtual, abrir uma loja física pode atrair os clientes para um ambiente como se fosse de "experimentação", para sentir as sensações transmitidas pelos produtos. Outra dica é facilitar os meios de pagamento, para garantir maior fluidez no processo de compra.

"Na hora de pagar, eu pago com gosto. Quero pagar porque fez sentido pra mim. Se for um processo moroso, pegar fila, não passa o cartão... cai a racionalidade no nosso cliente e ele pensa: 'mas eu preciso mesmo disso? Eu posso comprar coisa melhor ou mais barato' e acaba desistindo. É um ponto que o empreendedor precisa prestar atenção", conclui.

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