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Economia Segunda-feira, 20 de Setembro de 2021, 15:11 - A | A

Segunda-feira, 20 de Setembro de 2021, 15h:11 - A | A

AGORA É OFICIAL!

Governo assina contrato da ferrovia estadual, com investimento de R$ 11 bilhões

Como se trata de uma concessão por autorização, todo o projeto será tocado por conta e risco da empresa, sem um centavo de dinheiro público

Priscilla Silva

Repórter | Estadão Mato Grosso

Maior produtor de commodities agrícolas no Brasil, Mato Grosso deu nesta segunda-feira, 20 de setembro, o primeiro passo para a construção da 1ª ferrovia estadual, com a assinatura do contrato de concessão, por autorização, com a empresa Rumo Logística. O resultado disso será um investimento de cerca de R$ 11 bilhões para construção de 730 quilômetros de ferrovia, levando os trilhos diretamente até o coração do agronegócio, na cidade de Lucas do Rio Verde, e à capital Cuiabá.

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A assinatura do contrato entre a Rumo e o governo do Estado simboliza o fim de uma espera pela ferrovia em Cuiabá, que durou mais de quatro décadas. O projeto original da antiga Ferronorte previa a construção de um trecho para a atender a capital, mas não saiu do papel. Agora, sob iniciativa privada, a estrada de ferro começará a ganhar forma, com previsão de conclusão até 2028. Em contrapartida, a Rumo poderá explorar o trecho por 45 anos, prorrogáveis por igual período.

“A estrutura trará competitividade entre moldais existentes em Mato Grosso”, destacou o governador Mauro Mendes (DEM), durante evento de assinatura do contrato. “Para a ferrovia para trazer produtos, ela precisa ter muita carga. Isso gera uma competição com os caminhões e os dois terão que baixar os preços do frete, até que se chegue ao limite de cada um e o valor se estabilize”, explica.

Nesta concepção, a diversificação de modais na região viabiliza preços mais justos na logística, com benefícios para produtores rurais, industriários, comércio e população em geral. “É ter um transporte mais barato para o nosso estado”, destacou Mauro.

A partir da assinatura do contrato, a Rumo assume a construção, operação, exploração e conservação da ferrovia. Como se trata de uma concessão por autorização, todo o projeto será tocado por conta e risco da empresa, sem um centavo de dinheiro público. Ao Estado caberá apenas a análise da burocracia para a construção, como o licenciamento ambiental da obra, que já está em análise na Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT).

“Liberado o licenciamento, ela [Rumo] poderá iniciar imediatamente as obras. Então, nós acreditamos que em 2022 já teremos obras sendo executadas para a ferrovia”, explicou Mauro. “Tem todo um roteiro a seguir, de desapropriação por onde passa, de cuidados na elaboração do projeto executivo, mas nós temos certeza absoluta que tudo isso poderá acontecer de maneira muito rápida [...] e em 2025 ela chegará a Cuiabá, na região do Distrito Industrial”, completou.

Se tudo correr bem, a previsão é que o primeiro terminal já entre em operação nos próximo dois anos. Isso porque a Rumo irá adotar um método de construção segmentada. Desta forma, a previsão é que o primeiro terminal de cargas comece a operar em até dois anos após o início das obras.

Segundo o governador, esse terminal será construído entre as cidades de Primavera do Leste e Campo Verde, grandes produtoras de soja, milho e algodão.

“Em dois anos, provavelmente, nós já teremos o primeiro terminal sendo ativado entre Primavera e Campo Verde, e isso já traz um grande benefício, porque captura cargas naquela região”, explicou.

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