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Economia Segunda-feira, 20 de Setembro de 2021, 10:24 - A | A

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TRANSFORMAÇÃO LOGÍSTICA

Ferrovia não vai tirar emprego dos caminhoneiros de MT, garante Mauro

Governador destacou ainda que a construção deve gerar 230 mil vagas de trabalho nos próximos anos

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

A construção da ferrovia estadual, a Ferronorte, não irá acabar com o emprego dos caminhoneiros em Mato Grosso. A garantia foi dada pelo governador Mauro Mendes (DEM) na manhã desta segunda-feira (20), poucas horas antes da assinatura do contrato com a Rumo Logística, que irá tocar as obras da ferrovia estadual.

Com extensão de 730 quilômetros, a Ferronorte irá ligar Rondonópolis às cidades de Lucas do Rio Verde e Cuiabá. A ferrovia deve se tornar um dos principais meios de escoamento da safra mato-grossense, já que há expectativa de que o frete seja até 30% mais barato. Isso gerou aflição entre os caminhoneiros do estado, que temem perder seus empregos.

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Segundo o governador, a ferrovia não irá tirar o emprego dos caminhoneiros, mas irá mudar a forma como trabalham. Ele comparou a situação com a chegada dos automóveis em Nova Iorque, quando houve medo generalizado e até greve entre charreteiros, pois eles temiam perder seus empregos nas charretes.

“O progresso vem e cria novas oportunidades. Não vai tirar o emprego de ninguém. Muda é o perfil. E aí, um caminhão que anda mil quilômetros para pegar uma carga e entregar em outro ponto, que demora três ou quatro dias para fazer essa viagem, vai fazer uma viagem de 300 quilômetros, uma viagem por dia. Porque vai ter muita geração de carga no estado”, explicou, durante entrevista ao Bom Dia MT, da TV Centro América.

Mauro lembrou que a construção da ferrovia deve gerar 230 mil empregos - entre diretos e indiretos - durante os seis anos de obras, até a conclusão do terminal em Lucas do Rio Verde. Ressaltou ainda que a empresa criará oportunidades de emprego enquanto estiver operando.

O governador avalia também que a mudança no perfil do transporte de cargas em Mato Grosso pode reduzir os custos com manutenção da malha viária, já que haverá redução no peso e na quantidade de carretas circulando pelas estradas.

“Hoje nós temos milhares de carretas por dia transportando pelas estradas de Mato Grosso. Isso pesa muito e judia das nossas estradas. É muito trânsito pesado que acaba estragando nossas estradas. Então, a ferrovia muda esse perfil também”, pontuou.

PRIMEIRO TERMINAL - Apesar de prever o término da construção apenas em 2028, os primeiros efeitos da ferrovia estadual já devem ser sentidos em dois anos. Isso porque a Rumo irá adotar um método de construção segmentada. Desta forma, a previsão é que o primeiro terminal de cargas comece a operar em até dois anos após o início das obras.

Segundo o governador, esse terminal será construído entre as cidades de Primavera do Leste e Campo Verde, grandes produtoras de soja, milho e algodão.

“Em dois anos, provavelmente, nós já teremos o primeiro terminal sendo ativado entre Primavera e Campo Verde, e isso já traz um grande benefício, porque captura cargas naquela região”, explicou.

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