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Economia Terça-feira, 24 de Março de 2020, 16:07 - A | A

Terça-feira, 24 de Março de 2020, 16h:07 - A | A

SUPERANDO A CRISE

Epidemia muda forma de consumo

Com o fechamento das lojas e a saída da população das ruas, e-commerce registra aumento na demanda, mas com um novo perfil de compras

Priscilla Silva

A pandemia do novo coronavírus já provoca uma reconfiguração no padrão de consumo da população brasileira. A crise obriga as famílias a permanecerem em casa, como forma de evitar a propagação do vírus. Isso fez com que todos se voltassem para o setor de e-commerce. O comércio eletrônico transformou-se na saída emergencial da maioria das empresas brasileiras.

Devido à restrição de mobilidade urbana, as previsões indicam para um aumento das compras à distância, principalmente para a aquisição de produtos de categorias relacionadas às necessidades básicas do cotidiano.

“As empresas que não levaram seu modelo de negócios para a Internet estão em desvantagem agora, correndo sérios riscos de sobrevivência, principalmente levando em conta o fato de que não sabemos quanto tempo vai durar essa crise”, afirma. “É preciso buscar presença digital. É possível começar a vender online de forma rápida e simples, sem a necessidade de investimentos massivos”, ressalta Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Sara Silva é uma das empreendedoras que terão que construir uma identidade digital de imediato para garantir a sobrevivência de sua loja. Ela e sua irmã, Izabel Sale, são proprietárias de um brechó no centro de Cuiabá, o Catarina Sisters. Voltada para o público feminino, a empresa tinha como diferencial a loja física, como forma de garantir uma maior interação com e entre as clientes.

“Está é uma situação completamente nova para nós. Nossa loja é somente física e nunca vendemos on-line. Diante desta situação, em que teremos que fechar as portas, comecei o pontapé inicial no comércio eletrônico agora. As vendas começaram bem tímidas, mas é a nossa saída, pois ao longo dessa última semana vendemos praticamente zero na loja”, desabafa Sara Silva.

Além de ter que estruturar uma nova forma de vendas, as irmãs Catarinas terão que lidar com um mundo novo de ferramentas. “Estamos tendo que nos reinventar e redescobrir no on-line, porque o nosso diferencial era a loja física”, reconhece.

Como saída imediata para comércio eletrônico, as irmãs optaram pelas vendas em plataformas de redes sociais. “A princípio as clientes estão dispostas a colaborarem, mas ainda temos uma dificuldade para a entrega. As pessoas que estão realizando esses serviços estão com sobrecarga e também nos preocupamos com elas, pois acabam expostas”, observa Sara Silva.

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