A empresa Rumo Logística poderá avançar mais 71 quilômetros com as obras da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, totalizando quase 80 km liberados para a empresa pode tocar as obras em Mato Grosso. Inicialmente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) tinha concedido licença de instalação para apenas 8,6 km.
A nova licença de instalação, emitida pela Sema na última semana, autoriza as obras até Juscimeira, onde deve ter um entroncamento dos trilhos, separando o ‘braço’ que vai até Lucas do Rio Verde e do outro ‘braço’ que segue até Cuiabá. O prazo para a conclusão das obras é de 8 anos, até Lucas, e de até 5 anos, até Cuiabá.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Conforme a Sema, as licenças são concedidas em três etapas: licença prévia, licença de instalação, quando a empresa já pode iniciar as obras e, por último, a licença de operação, quando o modal ferroviário poderá entrar em funcionamento. Serão cerca de 730 km de trilhos a serem construídos, com um investimento total de aproximadamente R$ 15 bilhões.
Entusiasta das ferrovias em Mato Groso, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Francisco Vuolo, comemorou a notícia e disse que aguarda os estudos da empresa sobre o trecho que virá para Cuiabá. Vuolo também disse ter convidado a diretoria da empresa para vir à capital novamente.
“Ela pode ter a alternativa de apresentar o trecho indo para Campo Verde, mas também nós queremos já o trecho que siga até Cuiabá, tendo em vista o prazo que existe de 5 anos em relação à implantação do terminal ferroviário aqui na Capital”, afirma Francisco Vuolo, em entrevista ao Estadão Mato Grosso.
Na avaliação do secretário, as obras seguem “a passos largos”. Ele tem acompanhado de perto as movimentações para construção da ferrovia até Cuiabá, um sonho antigo de seu pai, o ex-senador Vicente Vuolo. A empresa já informou o local onde o terminal deve ser instalado em Cuiabá e o município está realizando ajustes no plano diretor para receber de forma correta o terminal.
“Estivemos junto com a presidência da Rumo, em São Paulo, apresentando as alterações no plano diretor, justamente para poder receber de forma correta o terminal e a sua implantação, em uma área que vai estar em consonância com o crescimento e desenvolvimento da cidade, tudo isso converge de forma positiva para a implantação correta da ferrovia”, pontuou.
Vuolo também explica que a ferrovia é construída em etapas e que a Sema não libera todas as licenças de uma só vez, pois são 730 km de trilhos e os projetos executivos obedecem aos ritos estabelecidos pelas autoridades ambientais. Ele também destacou que todos os recursos utilizados nas obras são privados.
“Temos o projeto todo mapeado, todo trecho até Cuiabá e até Lucas do Rio Verde, e está seguindo dentro do que é o planejado, por ser uma da inciativa privada, recursos só da iniciativa privada, não tem recurso municipal, nem estadual, nem federal”, afirmou Vuolo, acrescentando também que vai trazer desenvolvimento econômico muito grande para o Vale do Rio Cuiabá e todo Mato Grosso.
