O aumento dos serviços de delivery no país, com expectativa de crescimento de 7,5% em 2024, tem impulsionado um outro mercado: o de motos. No primeiro semestre de 2024, houve um aumento de 19,7% nas vendas desse tipo de veículo, com 932 mil unidades emplacadas entre janeiro e junho, de acordo com dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Segundo o Instituto Foodservice Brasil (IFB), nos primeiros meses de 2024 o canal de delivery representou 22,8% das vendas do setor de bares e restaurantes. E para atender a esse mercado, a venda de motos também voltou a crescer, superando as previsões do começo do ano.
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"O mercado está aquecido, especialmente nos modelos de até 250 cilindradas, que são as motos mais econômicas. Isso ocorre, em grande parte, não só pela economia, mas pelo uso desse tipo de veículo nos serviços de entrega, setor que aumentou significativamente durante a pandemia e que continua em alta", avalia Rui Denardin, CEO do Grupo Mônaco.
Dos 10 modelos mais vendidos, sete são da marca Honda. Entre as preferidas está a Pop 110i, que tem valor médio de mercado de R$ 14 mil, uma opção mais barata e que atende bem tanto quem quer comprar a primeira moto quanto aqueles que precisam de uma ferramenta de trabalho.
No Brasil, 40% das pessoas têm o hábito de pedir comida via delivery e 11% fazem pedidos toda semana, conforme revelou um levantamento da Ticket. Quando analisados apenas os consumidores da geração Z, de 15 a 28 anos, esse percentual sobe para 51%.
"Estamos com a economia em alta e o desenvolvimento do mercado de motos demonstra isso. Porque não é um fato isolado, mas faz parte de toda uma cadeia. Tanto no delivery quanto no transporte de passageiros, proporcionou oportunidades de trabalho a milhares de brasileiros, o que movimentou a venda de veículos em duas rodas e aumentou o consumo de combustível, por exemplo. É um sistema em que todo mundo sai ganhando", enfatiza Denardin.