Um entregador do Ifood foi fechado por um motorista do Governo de Mato Grosso e teve sua moto apreendida de forma ‘misteriosa’ pelos agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), em Cuiabá. Fawzi Wishah, que é árabe, entrou em contato com o Estadão Mato Grosso e relatou que o acidente ocorreu na região do Shangri-lá, em Cuiabá. O acidente ocorreu no dia 26 de setembro.
O motociclista seguia para o rumo da Avenida Fernando Correa, quando foi fechado por uma picape Renault Oroch e sofreu um acidente, vindo a sofrer um corte na perna, além de um machucado no peito e no braço. O funcionário do governo teria prestado socorro à vítima, disponibilizando, inclusive, um número de telefone para que resolvessem a situação posteriormente.
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Após sofrer o acidente, a motocicleta de Fawzi, que ele tinha acabado de comprar, foi guardada na garagem de uma empresa na região. Agentes da Semob chegaram ao local e tiraram foto da habilitação da vítima, que logo depois foi encaminhada para receber atendimento no Pronto-Socorro de Cuiabá.
O causador do acidente teria acompanhado a vítima e dito que iria ajudá-lo a consertar a motocicleta. Porém, ninguém estava esperando ele ao sair do hospital, ao contrário do que havia sido prometido. Além disso, Fawzi descobriu que o número que lhe havia sido informado era falso.
Ao voltar para recuperar sua moto, uma nova surpresa. Fawzi foi informado que um agente da Semob e um motorista de guincho entraram na propriedade particular e levaram seu veículo, que é o seu “ganha pão”. A ação foi filmada por uma câmera de segurança, que mostra que a moto estava parada na garagem quando foi levada.
Desde então, ele não trabalha e também não conseguiu reaver sua motocicleta. Ele disse ter entrado em contato com a Semob e foi informado de que não havia registros da placa no sistema que mostra os veículos apreendidos. Porém, Fawzi garante que sua moto está em uma garagem de uma empresa de guincho na Avenida Beira Rio.
Após a apreensão, Fawzi foi informado que a moto estaria com o documento atrasado, além de apresentar multas, o que só teria sido informado após a apreensão.
"Falei, 'então, eu quero minha moto de volta'. 'Ah, você tem que pagar as multas e o documento'. Eu falei: 'senhora, eu comprei a moto tem poucos dias, pouco tempo, eu tô trabalhando, entendeu? Porque eles fizeram isso comigo? Eles têm algum caso com aquele motorista?”, questionou a vítima.
Após entrar em contato com um advogado, por meio de informações da placa do veículo, Fawzi descobriu que o motorista trabalharia na Fundação Nova Chance.
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