O uso de máscaras nas escolas em Mato Grosso pode voltar. A recomendação será avalia nesta quinta-feira, 24 de novembro, durante reunião com o Centro de Operações em Emergência em Saúde Pública (COE-MT), que também definirá pela manutenção e permanência de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para tratamento de casos graves de pacientes com covid-19.
Segundo Kelluby de Oliveira, secretária estadual de Saúde, Mato Grosso tinha avaliado a redução e até suspensão de leitos, mas com o atual cenário, novas medidas serão avaliadas. “Com o aumento significativo de novos positivos, além da recomendação do Ministério da Saúde, vamos avaliar a permanência dos leitos, principalmente no interior do estado”, informou durante entrevista na última terça-feira, 22.
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Nas últimas duas semanas, Mato Grosso registrou quase 700 casos da covid-19. O estado acompanha o restante do país e registra o aumento de novos positivados. A incidência no mesmo período é de 20,06 casos a cada 100 mil habitantes. Dos 141 municípios, 2 estão com risco alto para transmissão e 30 com risco moderado.
Com relação ao uso de máscaras nas escolas, Kelluby disse que a recomendação será discutida também em reunião. Os dois assuntos serão as pautas principais. “Mesmo que não houve um aumento de internações, registramos mais pacientes positivos, mais leitos ocupados de enfermaria e solicitamos a reunião de emergência. Vamos avaliar também a recomendação do uso de máscaras nas escolas”, disse.
O uso de máscaras deixou de ser obrigatório em ambientes fechados em Mato Grosso em março deste ano. Em junho, o Estado recomendou que o item de proteção voltasse a ser usado principalmente nas escolas.
Na época, a recomendação levou em consideração o fato de apenas 16% do público infantil (de 5 a 11 anos) estar com o esquema vacinal completo e tomou as duas doses recomendadas.
De lá para cá, a proteção dos pequenos nessa faixa etária continua baixa. Cerca de 27,38% tomaram as duas doses da vacina. São 377.879 crianças com essa faixa etária que estão aptas a se imunizar, mas apenas 103.460 estão com o esquema vacinal completo.
Campanha de vacinação
Questionada sobre a determinação de campanhas de vacinação no estado, Kelluby afirmou que depende dos municípios e que o governo tem cumprido com seu papel. “A gente depende dos municípios [para fazer campanhas]. Nossa parte estamos fazendo. Adquirimos as doses e distribuímos. [Há alguns dias] Nós fizemos uma notificação individual, notificamos o Ministério Público, esperamos por uma proposta, mas não tivemos efeito”, disse.
Segundo Renato Grinbaum, médico infectologista e professor de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), a covid-19 pode ser grave nas crianças e elas podem transmitir para idosos. "É importante reforçar o programa de vacinação. Informar corretamente e voltar a investir nos programas de vacinação, um dos maiores sucessos de diversos governos brasileiros por décadas", pontua.