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Cidades Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2024, 11:07 - A | A

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2 MESES DE ATRASO

TCE confirma que Gabinete de Intervenção deixou dívidas para a prefeitura

Sérgio Ricardo destacou, porém, que não havia o que fazer

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Após denúncia do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) fez uma vistoria no Hospital Municipal São Benedito na manhã desta quinta-feira, 8. O presidente da Corte, o conselheiro Sergio Ricardo, afirmou que o Gabinete de Intervenção de fato deixou a pasta com dívidas de novembro e dezembro. O conselheiro Guilherme Maluf, que também acompanhou a vistoria, afirmou que há alguns problemas no funcionamento do hospital.

“Ela [intervenção] não pagou novembro e dezembro. Isso porque não havia fatura, não havia a nota, não havia o empenho, não tem como pagar nenhuma nota sem empenho, claro. Então a intervenção saiu sem pagar dois meses. Isso não é errado, ela não podia fazer [nada]”, afirmou.

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Com os atrasos, o conselheiro Sergio Ricardo explicou que a falta dos repasses prejudicou a retomada da gestão Municipal de Cuiabá. A cardiologia do São Benedito parou de funcionar devido aos atrasos com a empresa que prestava o serviço.

Porém, o conselheiro acredita que o Governo do Estado não tem mais responsabilidades com os repasses do hospital mesmo deixando dividas de dois meses. Questionado sobre a quem cabe essa responsabilidade, Ricardo se limitou a dizer que se reunirá com a Prefeitura mais tarde para tratar do assunto.

Além do fim dos atendimentos da cardiologia, Guilherme Maluf apontou que a ortopedia e a neurologia foram retiradas do hospital e transferidas para outras unidades de atendimento.  

“Óbvio que tem algumas soluções que estão travadas, como a questão da cardiologia, que é um dos focos que nós vamos tentar destravar. A neurologia e ortopedia foram tiradas daqui e foram levadas para outra instituição, certo? Então essa questão da regulação é um dos focos que nós entendemos hoje que tenha que ser revistas, porque a cardiologia está travada”, explicou.

Apesar da curta vistoria, Malouf afirmou que os técnicos vão continuar no hospital para fazer um “pente fino” até o final do mês para identificar as dificuldades do hospital.

“Nossos técnicos vão ficar aqui no hospital. Então nós temos aí um pontapé inicial, mas os técnicos, tanto do controle quanto da Comissão de Saúde, vão estar presente aí, pelo menos uns 23 dias levantando esse dado aí, eu posso lhe dar um relatório mais concreto. Nesse momento, eu não consigo fazer”, contou.

Com os levantamentos, o TCE saberá se o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) está sendo cumprido ou não para buscar uma flexibilização e destravar a Saúde de Cuiabá. 

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