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Cidades Domingo, 03 de Outubro de 2021, 10:17 - A | A

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SETEMBRO AMARELO

Policlínica promove ciclo de palestras sobre o suicídio

Celly Silva | Prefeitura de Cuiabá

Nos dias 21 e 28 de setembro, a equipe do ambulatório de Saúde Mental da Policlínica do Planalto promoveu palestras sobre o suicídio voltadas para os colaboradores do Centro de Especialidades Médicas (CEM), onde a equipe está abrigada provisoriamente, enquanto o prédio da Policlínica passa por reforma. No dia 21, a palestrante foi a psiquiatra Thaissa Rachid Jaudy, que juntamente com acadêmicos da Univag, falou sobre a história da campanha Setembro Amarelo, fatores de risco do suicídio, fluxos de atendimento aos pacientes, como é feito o acolhimento, entre outros aspectos dos serviços oferecidos pelo Município em relação à saúde mental.

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Já o encerramento do evento, no dia 28, contou com a palestra “Prevenção ao Suicídio”, proferida pela residente em Psiquiatria, Thálita dos Anjos Pacheco, que apresentou dados sobre o suicídio no mundo e no Brasil, pontuando que o número de tentativas não concluídas é bem maior, mas que é possível evitar tais situações. “É importante falar sobre esse assunto, que é um tabu. Muitas pessoas têm pensamentos errados sobre quem tem ideação suicida, muitos dizem que é chantagem, que não tem o que fazer. E não é verdade. O suicídio é prevenível”.

De acordo com a psiquiatra Thaissa Rachid Jaudy, é preciso observar os sinais que as pessoas de seu círculo dão de que precisam de ajuda. “A gente sempre tem que estar atento ao que acontece com as pessoas do nosso convívio, seja da nossa família ou do nosso trabalho. Saber identificar, ter empatia com o sofrimento da outra pessoa, tentar compreender o que ela vem passando na sua vida pessoal, na sua vida de trabalho. Estar sempre aberto a conversar e, se identificar algo que possa sair do padrão de normalidade, oferecer ajuda e levar esses serviços que possam dar o acolhimento para o paciente”, explica.

Em relação a falas discriminatórias que geralmente são feitas sobre pessoas que têm ideação suicida ou já fizeram tentativa, a médica afirma que essa postura não condiz com a realidade de quem está em sofrimento psíquico e orienta qual a conduta deve ser adotada no lugar do preconceito. “Existem alguns mitos que algumas pessoas falam, por exemplo que quem quer se matar não avisa. Mas pelo contrário, quem quer se matar avisa sim. Alguém que verbaliza isso, emite um pedido de ajuda e a gente tem que ajudar essa pessoa a procurar ajuda especializada. Todos os sintomas e falas são muito significativos”, diz.

Convidada para fazer o encerramento da campanha do Setembro Amarelo na unidade, a cantora Simone Duarte, que também é servidora da Saúde estadual, agraciou os participantes e os convidou a aproveitar o momento das canções para relaxar e se conectar. “A música é curativa. Ela nos conecta uns com os outros, com o nosso Criador. E nessa pandemia a gente viu que a Saúde também está doente e que nós, que estamos na linha de frente ou não, somos afetados por essa correria, por esse volume de demandas que só crescem. Chega a ser injusto a gente ter que estar bem para poder ajudar porque nessa correria a gente ajuda, ajuda, ajuda e, quando a gente volta pra casa e a gente lida com a nossa realidade, poucos nos ajudam”, comentou.

A assistente social, Luzia Rosa de Morais, da equipe de saúde mental da Policlínica do Planalto, explica que já é um hábito promover as palestras para os servidores no Setembro Amarelo com o objetivo de desmistificar tabus, como o de que quem vai ao psiquiatra é louco, e evidenciar o tema, mostrando a importância de se cuidar e procurar ajuda. “Precisamos entender que todos nós podemos ser pontos de apoio. Uma escuta que você fizer com uma pessoa você já vai estar auxiliando. Nós também precisamos nos cuidar e para isso é preciso conversar, é preciso ter conhecimento para se livrar de tabus, como o de que só procura psiquiatra quem é louco, por exemplo”.

De acordo com a servidora, a equipe de saúde mental da Policlínica do Planalto tem mais de 3 mil pacientes em acompanhamento das regiões Leste e Norte de Cuiabá. As consultas são agendas mediante encaminhamento. A equipe é composta por psiquiatra, enfermeiro, assistente social e técnico de enfermagem.

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