Na esteira do aumento da passagem de ônibus em Cuiabá, usuários do transporte coletivo intermunicipal também vão ver os preços subirem. A passagem dos ônibus intermunicipais da Região Metropolitana deve subir 85 centavos, passando dos atuais R$ 4,10 para R$ 4,95. O reajuste foi autorizado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT).
Em contrapartida, as empresas terão que incluir mais 10% de carros zero km, com ar-condicionado e manter a manutenção dos veículos em dia.
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O reajuste foi definido após reunião entre os representantes das empresas, Ager e Prefeitura de Várzea Grande. O engenheiro de Tráfego da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Claudio Silva, lembra que o valor da passagem estava congelado desde 2019, apesar dos aumentos nos preços dos combustíveis e outros fatores desde então.
“Com a pandemia a situação agravou. Caiu 65% o número de passageiros transportados em comparação com aquele ano [2019], causando um divisor no valor das tarifas. Sem contar na majoração dos preços do diesel e escassez de peças para manutenção”, disse, em entrevista à TV Centro América nesta segunda-feira, 2 de maio.
O aumento do valor da passagem em Cuiabá foi apontado como um dos fatores para "unificar" o preço do transporte intermunicipal. Por isso, também deve reajustado o preço das passagens no transporte coletivo de Várzea Grande. No entanto, isso ainda depende de uma avaliação da Prefeitura, que deve apresentar suas próprias exigências de contrapartida ao aumento.
“Fazemos o monitoramento da gestão e funcionamento do transporte público. Temos GPS para saber o tempo real de atividade, do passageiro, horários de pico, tudo é por conta da prefeitura. Devemos apresentar em breve”, destacou Claudio.
Em Cuiabá, o reajuste deve começar a valer também no dia 9 de maio. O decreto de reajuste da passagem foi editado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no dia 14 de abril. Porém, nada é garantido, já que a vereadora Edna Sampaio (PT) entrou com ação junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no dia 25 de abril, pedindo o cancelamento do aumento.
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Na ação, ela aponta que é papel da Câmara Municipal propor leis sobre a tarifa de transporte. A vereadora sustenta que ao promover o reajuste por meio de decreto, o prefeito descumpriu a Lei Orgânica Municipal, que determina a obrigatoriedade da aprovação da Câmara Municipal, devido ao papel institucional do órgão no controle da tarifa.
A ação pede a suspensão do aumento e a apresentação da ata da reunião do Conselho Regulatório da Agência Municipal dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (ARSEC) que aprovou o reajuste, além dos estudos técnicos que embasaram a aprovação.