Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não descartam estender por mais dias o acampamento fixado no Centro Político Administrativo, sede dos três poderes de Mato Grosso, em Cuiabá. A informação é da coordenadora estadual do movimento, Devanir Oliveira de Araújo. Na tarde desta quinta-feira, 31 de agosto, os militantes ocuparam o Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, reivindicando segurança nos acampamentos dos camponeses.
Os ativistas estão acampados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde a última segunda-feira, 28, quando chegaram em Cuiabá. Devanir contou ao jornal Estadão Mato Grosso que o acampamento no Incra pode se estender e que a reunião para definir está decisão será nesta sexta-feira, 1°.
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“Amanhã nós vamos avaliar se a gente continua, vai depender se ele [Mauro Mendes] vai atender, se terá uma data para atender a nossa comissão, para dialogar sobre a pauta que nós já protocolamos aqui”, explicou a representante.
A insegurança nos acampamentos não é um problema novo. Conflitos por terra pipocam por todo o país e, em muitos casos, terminam com banho de sangue.
“Ah, hoje a reforma agrária, segurança para o nosso povo, né?! Nas Defensorias Públicas, que as Defensorias do Estado possam se colocar para defender os trabalhadores e as trabalhadoras que estão lá no nosso acampamento, correndo risco, sendo ameaçados, ameaçados de despejo. Hoje nós viemos dizer que nós não aceitamos isso e que nós precisamos de dignidade e que a reforma agrária tem que ser feita nesse estado e no país também” comenta Devanir.
A proposta era continuar em frente ao Palácio até serem atendidos. Porém, o governador Mauro Mendes informou que estava cumprindo agenda em São Paulo, mas que, quando retornar, estará disponível para agendar uma data com os protestantes.
