Os dois adolescentes que participaram dos latrocínios de três motoristas de aplicativo entre os dias 11 e 14 de abril foram isolados dentro do Complexo do Pomeri. Desde o dia em que chegaram ao local, no último dia 17 de abril, os adolescentes receberam ameaças de morte de outros internos, segundo revelou o presidente do Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado de Mato Grosso (Sindpss-MT), Paulo César de Souza.
“Os adolescentes que já estavam lá começaram a fazer ameaças pra eles e como já vimos outros casos, de outros atos infracionais que eles não aceitam, e quando eles ameaçam a gente já sabe que eles vão fazer e eles fazem”, disse Paulo, em entrevista ao Leiagora.
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Os dois menores estão em isolamento juntos, no mesmo quarto, desde quando foram encaminhados ao Pomeri. Paulo revelou que deve demorar cerca de quatro a cinco meses para que eles consigam sair do quarto e se 'misturar' aos outros internos.
SOBRE O CASO
Os motoristas de aplicativo Elizeu Rosa Coelho (58 anos), Nilson Nogueira (42), e Márcio Rogério Carneiro (34) foram sequestrados e mortos em Várzea Grande entre os dias 11 e 14 de abril. Os corpos dos motoristas foram encontrados em locais afastados da cidade no começo desta semana.
Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e outros dois menores foram detidos na última terça-feira, 16, e confessaram o latrocínio. Já na sexta-feira, 19, Keise Melissa Rodrigues Matos, 25 anos, se apresentou à Polícia Civil.
Keise também tinha ordem de prisão preventiva e estava sendo procurada. Ela é suspeita de atrair um dos motoristas para a emboscada que culminou em sua morte.
Outros envolvidos são procurados pela polícia.
