A reforma da primeira Casa de Semiliberdade de Mato Grosso, localizada em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá), chegou à fase final e deve ser inaugurada nos próximos meses. A unidade terá capacidade para atender 17 adolescentes do sexo masculino, que vão participar de atividades externas durante o dia e no final da tarde terão que retornar para passar a noite na unidade.
O superintendente de Administração Socioeducativa (Suase), Iberê Ferreira da Silva Junior, visitou a unidade nesta quarta-feira (16.02) para acompanhar o andamento da reforma. Durante a vistoria, a gerente da unidade, Natiele Taís Kuhn, apontou as melhorias para atender as recomendações do Sistema Nacional de Socioeducação (Sinasi).
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A reforma é custeada pela prefeitura de Lucas do Rio Verde. Em contrapartida, o Estado ficou responsável por fazer a unidade funcionar. O local funcionará no antigo Centro de Atendimento Socioeducativo, que atendia adolescentes com medidas restritivas de liberdade e que foi desativado em função da baixa demanda.
Os dormitórios passaram por reforma para oferecer conforto e dignidade aos adolescentes internados. “As grades dos quartos serão substituídas por portas. Será um ambiente mais humanizado, com alteração do modelo de camas para uma identidade de casa. Teremos normas e regras para uma nova ressignificação do modo de vida dos meninos”, disse Natiele Taís Kuhn.
Conforme o modelo implantado, os menores poderão estudar, trabalhar e fazer cursos durante o dia fora da unidade e retornar para a casa à noite. “Eles também terão os finais de semana livres para passar com a família e vão continuar acessando os serviços prestados pela prefeitura, como educação, saúde e assistência social”, lembrou Iberê Ferreira Junior.
Os representantes do Sistema Socioeducativo se reuniram com prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz Ribeiro, e com representantes das secretarias municipais de Educação, Assistência Social, Segurança e Saúde para alinhar o fluxo de atendimentos dos menores que serão encaminhados para a unidade.
Iberê disse que a prefeitura terá papel fundamental no acompanhamento dos adolescentes internados. “Nós não queremos nada mais do que já é ofertado. Porque vamos apenas acolher esses meninos, que já são do município. Eles não podem achar que a unidade voltou a ser uma casa de internação”, reforçou durante reunião.
Já o prefeito, disse que acredita no projeto e se comprometeu em amparar os adolescentes da Casa de Semiliberdade. “Nossa expectativa é que a unidade seja um projeto de referência e nós faremos tudo que estiver ao nosso alcance para que tenha resultado, que é: jovens preparados e reconduzidos a sociedade como um cidadão de bem”, finalizou Miguel Vaz.