Guilherme e Nilva Nogueira mantiveram até o último momento as esperanças de encontrar seu irmão, o motorista de aplicativo Nilson Nogueira, de 42 anos, ainda vivo. Agora, eles clamam por Justiça contra o trio de assassinos que ceifou a vida de Nilson. Em entrevista ao Estadão Mato Grosso nesta terça-feira, 16 de abril, eles afirmaram que os assassinos agiram com "maldade e crueldade mesmo".
O corpo de Nilson foi encontrado na manhã desta terça, em uma região de mata em Várzea Grande, após longas horas de buscas.
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“É maldade mesmo, não roubaram [...] Realmente foi maldade e crueldade mesmo, não tem outra explicação. A Justiça tem que ser feita! Ficar preso, sim, mas depois eles vão fazer trabalhos sociais e vai ficar tudo certo?”, questionou.
Já Guilherme lamenta a "frouxidão" da legislação brasileira. Ele lembrou que o mais velho entre os criminosos, Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, já tem passagens por outros crimes hediondos e está solto.
“O que o delegado falou dos elementos, são menores e sabemos que o sistema carcerário do pais é uma merda... E o mais velho, ele tem várias outras passagens [...] e ele está solto ainda. E eu acho que tudo parte do mais velho”, contou Guilherme.
O irmão de Nilson afirmou que a cada novo detalhe da investigação, ele ficava apreensivo e buscando por informações, sem conseguir sequer dormir.
“Eu só quero que a verdade seja dita e a justiça seja feita”, finaliza Guilherme.
MOMENTOS DE TENSÃO
Nilson havia retornado ao trabalho como motorista de aplicativo há cerca de duas semanas. Segundo os irmãos, ele atuou como motorista por cinco anos, mas parou por um tempo, em troca de um emprego fixo em um supermercado de Cuiabá. Porém, há cerca de duas semanas ele resolveu alugar um carro e voltar ao aplicativo.
Nilva explicou que o primeiro sinal de preocupação veio após a locadora do veículo ligar para ela, na manhã de domingo, perguntando sobre o paradeiro do irmão. Porém, ela não conseguia contato com Nilson e nenhum outro familiar tinha informações sobre o motorista.
Apesar de não encontrá-lo, Nilva preferiu aguardar mais um pouco e, duas horas depois, a locadora ligou novamente perguntando por Nilson. Foi então que Nilva foi orientada a fazer um boletim de ocorrência, pois o carro estava estacionado em local suspeito e sem condutor. Na segunda-feira, 15, quando dois corpos foram localizados e Nilson não estava entre eles, os familiares ainda se apegaram a uma pontinha de esperança.
“Como ele não havia sido encontrado, só os outros dois, ficamos na expectativa que ele iria parecer e que esteja machucado, mas com vida, a esperança sempre é essa. Mas, assim, os criminosos já haviam confessado que haviam matado, mas ainda assim tivemos esperança”, relatou.