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Cidades Sexta-feira, 05 de Janeiro de 2024, 07:23 - A | A

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Internações por infarto crescem 229% em Mato Grosso

Dados do Ministério da Saúde apontam a necessidade de investimentos em saúde preventiva

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O número de internações por infarto aumentou impressionantes 229% em Mato Grosso, conforme levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Somando os 141 municípios do estado, a média mensal saltou de 739 casos em 2008 para 2.294 em 2022, com maior incidência entre os homens. Também conhecido por ataque cardíaco, o infarto agudo do miocárdio decorre da súbita interrupção do fluxo sanguíneo causado, por exemplo, por placas de gordura que acabam por entupir as veias coronarianas. 

Entre os fatores de risco, prevalece o aumento da obesidade causada pelo sedentarismo, alimentação inadequada e excesso de sódio, além do tabagismo, diabetes e a exposição ao calor excessivo, que faz subir a pressão cardíaca.

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“É preciso considerar também que a população está envelhecendo. Já a maior prevalência entre homens revela a falta de ações preventivas junto à população masculina, resultando numa expectativa de vida menor em relação às mulheres”, explica a cardiologista Aletheia Scheffer.  

Indicadores apontam que a saúde cardiovascular também piorou entre os jovens.

“Esta faixa etária é mais desatenta aos sintomas, demorando a desconfiar. Entre as principais causas está a exposição desde cedo aos alimentos ultraprocessados; o consumo de anabolizantes e cigarros – inclusive os eletrônicos que antecipam em até 15 anos as doenças cardiovasculares. Porém, são todos fatores controláveis”, alerta a cardiologista, lembrando que as meninas vivem mais por apresentarem hábitos, em geral, equilibrados e realizarem exames desde a juventude.  

“O aumento do número de infartos foi verificado em todas as regiões do país, independente do tamanho e densidade populacional, nível de urbanização, desenvolvimento econômico-social e renda per capita, ou condições climáticas”, afirma Dra. Aurora Issa, Diretora do INC.

O levantamento é ancorado em registros do Ministério da Saúde (2008 a 2022) e situa Mato Grosso entre os 10 estados com maior elevação.

 
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