O Grupo Hipermed afirmou que não é verídica a informação de que médicos contratados para atuar na saúde pública de Cuiabá estejam há quatro meses sem receber. A empresa afirma que 80% dos profissionais já receberam os vencimentos de agosto e que os outros 20% devem receber ao longo desta semana. A demora no recebimento, segundo nota encaminhada à imprensa, é de conhecimento dos profissionais no ato da contratação.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A empresa decidiu se pronunciar após a repercussão de que 80 médicos estariam pedindo demissão por causa de atrasos que contavam a partir de junho.
"Os pagamentos de setembro vencem em 30 de outubro e serão feitos tão logo a Hipermed receba os repasses da Empresa Cuiabana de Saúde Publica, ligada à Prefeitura Municipal de Cuiabá. Portanto, vale reforçar que não se caracteriza quatro meses sem pagamento e todos os médicos têm ciência da data dos recebimentos no momento da contratação", diz trecho do documento.
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A empresa também afirma que continua atuando em Mato Grosso, com novos contratos, e que todos os seus colaboradores podem "ficar tranquilos" porque receberão seus salários assim que houver o repasse por parte da Prefeitura.
LEIA +: Quase 100 médicos de Cuiabá pedem demissão por calote de terceirizada
O CASO
Cerca de 80 médicos contratados pela Hipermed para atuar no Hospital São Benedito, no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá e no Hospital Municipal de Cuiabá emitiram uma carta anunciando o pedido de demissão por causa de atrasos salariais por parte da empesa.
Somado ao atraso dos pagamentos desde junho, os médicos também reclamam que apesar da dedicação no combate à pandemia, eles são obrigados a trabalhar sem condições dignas e sem os materiais e medicamentos necessários para prestar atendimento à população. Ainda segundo um profissional da categoria, alguns médicos já estão com dificuldades para colocar comida à mesa de suas famílias.
“Agora atrasam tudo isso. Não respondem. Não atendem ligações. Tem médico, por exemplo, que fica doente e aí precisa solicitar troca de escala, eles não atendem o médico achando que o profissional quer cobrar. O resultado é o médico doente ir obrigado ao trabalho e ainda não receber”, disse um médico ao Estadão Mato Grosso.