O Governo de Mato Grosso aguarda a conclusão do projeto executivo para anunciar o início das obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido, na sigla em inglês) em Cuiabá. Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, a pasta aguarda a chegada do documento para análise e, dentro do prazo de 60 dias, anunciar o começo dos serviços preliminares para instalação do novo modal de transporte público.
“Após aceito, as obras terão seu encaminhamento normal. E esperamos que dentro de mais ou menos uns sessenta dias a gente já tem algumas novidades para que possamos falar para a população de Cuiabá, mas com relação aos serviços preliminares e que, na verdade, nesse contrato da RDCI é elaboração do projeto executivo, que está em andamento”, disse Padeiro, em conversa com a imprensa nesta semana.
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De acordo com o secretário, assim que a documentação for entregue ao governo, o cronograma de obras será debatido com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) para que possam ser discutidos os pontos de intervenção que serão necessários para dar andamento ao projeto do BRT.
“Tudo é conversado, né? Como foi feito, como está sendo conversado com Várzea Grande, como nós estamos fazendo o nivelamento da pista na Várzea Grande, fechando aquela ferida aberta há mais de dez anos, prejudicando não só os várzea-grandenses, mas a todos que passam por ali no dia a dia. Então, o mesmo será em Cuiabá. Nós vamos trabalhar para resolver os problemas. A grande verdade é que nós vamos ter um transporte público de qualidade e isso é um importante para a população”, ressaltou.
Em relação ao destino da Ilha da Banana, no Centro de Cuiabá, Marcelo comentou que o assunto ainda está sendo estudado pela equipe que foi contratada para construção do BRT, para inclusão no projeto executivo. Atualmente, a Prefeitura de Cuiabá cercou o local com tapumes, para evitar a entrada de moradores de rua.
“Ela entra no dos projetos que estão sendo elaborados. Aquilo que ficar definido com relação à Ilha da Banana será apresentado tanto ao Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] quanto ao Ministério Público Ambiental, a parte do patrimônio histórico do Ministério Público para serem analisados, como pela Prefeitura de Cuiabá. Para que, ao ser aprovado e aceito, a gente comece o trabalho de restauração de toda aquela região. Mas, não tem nada concreto”, disse.
ELEFANTE BRANCO
A novela do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) se estende desde 2014, quando o modal deveria ter sido entregue para a Copa do Mundo. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e foi alvo de operações policiais. Em 2017, após indícios de irregularidades na contratação, o Estado rescindiu o contrato com o consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande.
Três anos depois, após uma série de estudos, o governo decidiu trocar o modal de transporte. Em abril do ano passado, o governo divulgou a empresa que venceu o certame para implantação do BRT, no valor de R$ 468 milhões.
