O governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou nesta quinta-feira, 16 de dezembro, que a falta de chuva tem tornado mais difícil o combate ao incêndio que devasta o Pantanal mato-grossense. Pivetta está na torcida para que região seja abençoada com um aguaceiro. O incêndio no Pantanal chegou à Rodovia Transpantaneira nesta quinta e há temor que continue a se alastrar.
Devido às altas temperaturas e à falta de chuva, o fogo avança rapidamente na vegetação seca. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão na região para conter o fogo.
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“Nós sobrevoamos ontem uma área vasta do Pantanal. Os incêndios, realmente, são muitos os focos. O nosso pessoal está na frente de combate, muito bem planejado, bem comandado. Vamos torcer para que a chuva venha logo e nos ajude, porque sem chuva realmente é muito difícil”, declarou Pivetta.
O governador informou que os militares estão atuando há 15 dias para conter o incêndio, mas há muitas questões que atrapalham a ação. Além da dificuldade de acesso à região do Pantanal, a região possui muita biomassa seca, além de ter algumas pecularidades que permitem ao fogo "correr pelo subterrâneo".
Pivetta conta que fez uma reunião nesta quarta-feira, 15, para traçar um plano de combate ao incêndio. Porém, ele avalia que mesmo com esse planejamento o trabalho será difícil, porque o fogo é imprevisível.
“O esforço é do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do Estado, Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]. Nós nos encontramos ontem lá, fizemos uma reunião de planejamento. Temos um plano de ação, mas como eu falei, é impossível prever os eventos de incêndio no Pantanal, pois o fogo se propaga de maneira, inclusive, subterrânea, por causa da biomassa seca que tem nesse terreno”, explicou.
Nos últimos 15 dias, o Pantanal bateu recorde de focos de incêndios em um curto período de tempo, alcançando mais de 3 mil pontos de calor. Devido ao incêndio, o Estado decretou situação de emergência ambiental por 60 dias.
Os principais focos de incêndio estão dentro de reservas públicas e parques, onde os bombeiros têm dificuldade de atuar e controlar.
“Os incêndios acontecem exatamente nas áreas públicas, nos parques, nas reservas indígenas, nos parques federais, nos parques estaduais, nas beiras de estrada, onde nós não temos controle. Nós precisamos tomar consciência de que o problema dos incêndios é um problema de todos nós e de toda a sociedade, que de alguma maneira está envolvida”, finalizou.
